Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 6,0285 | Euro R$ 6,2696
Search

Saiba o que significa a saída dos EUA da OMS e suas consequências

Trump assinou ordem executiva para cortar relação devido à falta de independência da agência de saúde da ONU.

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 21 de janeiro de 2025 - 19:55
Presidente dos EUA, Donald Trump, assina decretos no Salão Oval da Casa Branca  - Foto: Jim Watson/Pool/AFP
Presidente dos EUA, Donald Trump, assina decretos no Salão Oval da Casa Branca - Foto: Jim Watson/Pool/AFP -

O presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, anunciou na segunda-feira (20) a decisão de retirar o país da Organização Mundial da Saúde (OMS), a agência de saúde pública das Nações Unidas. A medida foi tomada poucas horas após Trump ser empossado para seu segundo mandato na Casa Branca.

De acordo com o presidente, a OMS "continua a exigir pagamentos excessivamente onerosos" dos Estados Unidos. Em julho de 2020, no auge da pandemia de Covid-19, Trump já havia iniciado o processo de retirada formal da organização, suspendo os repasses financeiros. No entanto, essa decisão foi revertida por seu sucessor, Joe Biden.

A ordem executiva assinada por Trump menciona ainda a "má gestão da pandemia de Covid-19 pela organização, que teve origem em Wuhan, na China", além de outras crises globais de saúde. A decisão critica também a falha da OMS em adotar reformas urgentes e sua incapacidade de agir de forma independente da influência política dos estados-membros.

Mas o que é a OMS, qual sua autoridade e quais seriam os efeitos da saída dos EUA da organização?

A OMS é uma agência especializada da ONU responsável por coordenar a resposta global a ameaças à saúde, como surtos de doenças como varíola, ébola e poliomielite. A organização também fornece assistência técnica aos países mais carentes, distribui vacinas e tratamentos e estabelece diretrizes para lidar com uma série de problemas de saúde, incluindo saúde mental e câncer.


Leia também!

Queda de árvore fecha Rua Dr. Alfredo Backer no Alcântara; vídeo

Mãe e padrasto de bebê morto por traumatismo são presos em Niterói


Lawrence Gostin, diretor do Centro de Colaboração da OMS em Direito da Saúde Global da Universidade de Georgetown, afirmou que a perda de recursos dos EUA "devastaria a vigilância global da OMS e os esforços de resposta a epidemias". Ele destacou que isso aumentaria o risco de novas doenças se espalharem sem controle, atravessando fronteiras e provocando uma pandemia.

Os EUA aderiram à OMS em 1948, com uma resolução conjunta do Congresso, que foi apoiada por todas as administrações subsequentes. A resolução exige que os EUA deem um aviso prévio de um ano caso decidam deixar a organização.

O que isso significa para a OMS?

Os Estados Unidos têm sido um dos maiores financiadores da OMS, contribuindo com centenas de milhões de dólares e enviando muitos especialistas em saúde pública para a agência. Nos últimos dez anos, os EUA aportaram entre 160 e 815 milhões de dólares por ano, enquanto o orçamento anual da OMS gira em torno de 2 a 3 bilhões de dólares. A perda desse financiamento poderia prejudicar diversas iniciativas de saúde global, incluindo a erradicação da poliomielite, os programas de saúde materno-infantil e a pesquisa para identificar novas ameaças virais.

Matérias Relacionadas