É hora de viajar... E como ficam os animais? Aplicativo dá solução criativa

 Planejar uma viagem em família requer diversos cuidados como passagem, hospedagem, traslado, passeios e alimentação. E para quem tem cachorro e não pode levá-lo é mais uma preocupação. O que fazer para mantê-lo seguro e saudável nesse período? O DogHero, um aplicativo de hospedagem domiciliar, aparece como uma alternativa para os donos (tutores) de cães (hóspedes) que não gostam do tradicional hotel de cachorro ou até mesmo canis. No mercado brasileiro desde 2014, a ferramenta já possui 1,5 mil anfitriões (pessoas que ‘hospedam’ o animal em casa) somente no Rio de Janeiro.

"O mercado de pet cresce bastante no Brasil e tem potencial para crescer ainda mais. O número de cães no país ultrapassou os 52 milhões, segundo o IBGE. Percebemos hoje que o cachorro faz parte da família e as pessoas buscam o bem-estar para seus animais. Dessa forma, o tutor do cachorro está mais exigente e procura qualidade para seus pets", explica o porta-voz do aplicativo, Eduardo Baer.

A ideia do sistema da DogHero surgiu em São Paulo, mas rapidamente se espalhou pelo país. "Até 2018, o nosso objetivo é aumentar a capilaridade nas principais cidades do país e nos tornarmos os principais aliados dos donos de pets que precisam viajar. A maioria das hospedagens é feita para cães. No entanto, algumas pessoas buscam o serviço também para gatos", acrescenta Eduardo, informando que a procura para felinos é de apenas 5%.

Tutor – Qualquer pessoa pode utilizar os serviços de hospedagem. Para escolher o anfitrião, o tutor entra na plataforma e localiza alguém mais próximo de sua residência. Entre as sugestões de perfis, o cliente poderá observar a disponibilidade para o dia que precisa, como é a residência, se existe outro cachorro, qual o porte de cachorro que ele recebe e outros detalhes. Uma maneira complementar de fazer a seleção é por meio das avaliações que os anfitriões recebem ao fim de cada hospedagem.

"O valor da hospedagem é definido por cada anfitrião, mas varia entre R$30 e R$60 por noite, o que acaba sendo 60% mais barato do que um hotel. O pagamento da hospedagem é feito pela plataforma, com cartão de crédito ou boleto. Os nossos anfitriões são apaixonados por pets e as avaliações na página de cada um permitem que os clientes vejam o carinho e o cuidado que os animais recebem", conclui.

Como ser um anfitrião – Para quem deseja receber os animais em casa, é necessário realizar um cadastro no site e passar por um criterioso processo seletivo, que inclui prova online, análise da estrutura da residência por meio de fotos e até mesmo levantamento de antecedentes criminais. Depois de todo o processo, o perfil do anfitrião é liberado na plataforma. De acordo com a média, apenas 20% das pessoas que se cadastram tornam-se efetivamente anfitriões.

 Relação acordada

Com relação às obrigações, o dono do cachorro deve levar a ração ou a comida que o pet está acostumado, dessa forma o cão não foge da sua rotina. Normalmente, os donos levam a quantidade de alimento que será necessária para todo o período da hospedagem, assim como a cama do cão, cobertores, brinquedos e petiscos. 

"Uma boa dica é deixar com o anfitrião algum objeto do tutor para que o pet sinta o cheiro e não fique muito ansioso, sentindo menos a ausência dele. Se por acaso a comida acabar no meio da hospedagem, o anfitrião pode combinar o que será feito diretamente com o tutor. Ele pode comprar e o tutor reembolsa depois, por exemplo", informa Eduardo.

Como a empresa não trabalha com horário de check-in e de check-out, os anfitriões têm autonomia de decidir com os clientes o momento em que o cãozinho chegará e irá embora da sua casa. Ambos devem comparecer e estar disponíveis no horário marcado para que não tenham problemas futuramente. Além disso, a DogHero indica que o cliente faça o pré-encontro para conhecer o anfitrião e o ambiente em que o cachorrinho ficará.

Dicas – Como orientação, o cliente pode questionar sobre o número de cães que o anfitrião hospedará no período e as condições em que o hóspede estará: o anfitrião ficará a maior parte do tempo em casa? Quantos passeios o anfitrião fará por dia? Ele administra medicamento? O cachorro poderá dormir na cama ou no sofá do anfitrião? A ideia é que o hóspede fique mais próximo da sua rotina. 

"Então, se ele tem o costume de passear em determinados horários, o tutor deve explicar ao anfitrião para que ele passeie e realize todas as atividades que o cachorro está habituado. Com o pré-encontro, eles se conhecem e podem acertar todos os detalhes da estadia do cachorro", completa.

Durante a hospedagem, o tutor pode conversar diariamente com o anfitrião, que manda notícias sobre o cão, fotos e vídeos. Se o cachorrinho passar mal ou precisar de qualquer cuidado durante a hospedagem, o anfitrião é orientado a buscar imediatamente o veterinário do animal ou de sua confiança. A DogHero possui uma garantia veterinária que cobre gastos de até R$5 mil com problemas não pré-existentes.