Projeto para extinção da Uerj é inconstitucional, afirma presidente da Alerj
Proposta não será votada pela Assembleia
O deputado André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), afirmou nesta quarta-feira (26) que o projeto para extinguir a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) é inconstitucional e não será votado pela casa. A proposta foi apresentada pelo deputado estadual Anderson Moraes (PSL-RJ).
André Ceciliano considerou que além de ser "um absurdo", o projeto é inconstitucional.
"O projeto de lei que propõe a extinção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) é um absurdo e inconstitucional, porque essa seria uma atribuição do Poder Executivo", afirma.
Em publicação nas redes sociais, o deputado Anderson Moraes justificou o projeto apontando um grande gasto de dinheiro público com a universidade e disse que há um “nítido aparelhamento ideológico de viés socialista na universidade”.
Através das redes sociais, o presidente da Comissão de Educação da Alerj, deputado Flávio Serafini, repudiou o projeto.
"O deputado bolsonarista que sugeriu uma LEI p/ fechar a UERJ está precisando ler constituição do Estado. Ia aprender que ele não pode invadir a autonomia administrativa da universidade e que ela não pode ser fechada com uma lei ordinária. A UERJ é grande, já os que a atacam...", afirmou Serafini.
A Uerj é a oitava melhor universidade do Brasil e uma das melhores da América Latina. Conta com cerca de 40 mil alunos, distribuídos em 30 unidades acadêmicas em sete campi: Maracanã, Resende, Ilha Grande, Petrópolis, Teresópolis, Friburgo, São Gonçalo e Duque de Caxias. Ao todo, oferece 90 cursos de graduação, 60 de mestrado e 40 de doutorado, além da educação básica promovida pelo Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp-Uerj) e do ensino à distância, disponível por meio da sua integração ao Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cederj).