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Alckmin entra com representação no TSE contra propaganda de Bolsonaro com falas antigas

Candidato à vice-presidência acusou comercial de intenções maliciosas e descontextualização

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 07 de setembro de 2022 - 19:33
Comercial de campanha do Bolsonaro tenta utilizar frases antigas de Alckmin para confudir eleitor, segundo representação
Comercial de campanha do Bolsonaro tenta utilizar frases antigas de Alckmin para confudir eleitor, segundo representação -

O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), que concorre à vice-presidência na chapa do candidato Luiz Inácio da Silva (PT), apresentou nesta quarta-feira (07/09) uma representação ao Tribunal Superior Eleitoral para solicitar que um comercial da campanha do candidato Jair Bolsonaro (PL) seja retirado do ar e da circulação online.

O pedido acusa a propaganda de ser "maliciosa" e de promover desinformação através da descontextualização de falas antigas de Alckmin.

O comercial do candidato à reeleição traz trechos de um vídeo de 2018, em que Alckmin - que, na época, também disputava a Presidência - fala que "depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder. Ele quer voltar à cena do crime". Ao final da propaganda, um locutor diz: "Se até o vice do Lula pensa assim, como é que eu vou confiar nele?"

A representação afirma que a descontextualização das falas tenta confundir eleitores e fazer com que os espectadores acreditem que as declarações registradas no vídeo seriam recentes. "Inegável o intento de criar confusão na mente do eleitor, de modo a ludibriar o seu entendimento. No entanto, tal desiderato é terminantemente vedado pela lei eleitoral, como se passa a demonstrar", reforça a defesa.

O documento ainda relembra uma situação parecida que aconteceu durante a disputa eleitoral de 2014. Na ocasião, o candidato Aécio Neves (PSDB) utilizou frases ditas pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) fora de contexto em uma peça de campanha. O TSE entendeu, na época, que os trechos deveriam ser suspensos da propaganda eleitoral.

"Se o entendimento jurisprudencial já era assim na campanha presidencial de 2014, com mais rigor, isso há de ocorrer na atual quadra, em que se combate com mais firmeza a divulgação das chamadas fake news, enfrentando-se de forma visceral a divulgação de falsidades para turbar o entendimento do eleitor", destaca o pedido.

O Tribunal deve analisar a representação nos próximos dias.

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