Dólar R$ 5,6568 | Euro R$ 6,1144
Search

TSE demanda explicação de empresas envolvidas convocação de golpe por SMS

Tribunal investiga disparo de mensagens com ameaças ao STF caso Bolsonaro não seja reeleito

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 26 de setembro de 2022 - 17:44
Usuários de serviço de comunicação do estado do Paraná receberam mensagens na semana passada
Usuários de serviço de comunicação do estado do Paraná receberam mensagens na semana passada -

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) emitiu, nesta segunda-feira (26/09), uma determinação exigindo que as empresas de comunicação Celepar e Algar Telecom S.A. se esclareçam a respeito do disparo de mensagens em SMS convocando eleitores a invadirem o Congresso Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) caso Jair Bolsonaro (PL) não seja reeleito à Presidência.

O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, intimou as companhias a comunicarem, em até 24 horas, se os disparos foram interrompidos, sob pena de multa diária de 50 mil reais. Ele também deu o prazo de cinco dias para que os suspeitos apresentem suas defesas.

Na semana passada, usuários do serviço de comunicação do governo estadual do Paraná, o PIÁ (Paraná Inteligência Artificial), receberam mensagens de texto por SMS com manifestações de apoio a Bolsonaro e ameaça ao STF. "Vai dar Bolsonaro no primeiro turno! Senao, vamos a rua para protestar! Vamos invadir o congresso e o STF! Presidente Bolsonaro conta com todos nos!!(sic)", declaravam os textos.


Leia também:

➢ Bolsonaro impõe sigilo de 100 anos em 65 documentos públicos

Vereador Chico Alencar é ameaçado de morte


A coligação que apoia a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência entrou com um pedido no Tribunal para que a autoria das mensagens fosse investigada e julgada. Gonçalves entende que o caso merece ser analisado por se tratar do uso de um banco de dados público para "envio de mensagens que não apenas apoiam um candidato, como também instigam à não aceitação do resultado eleitoral e subsequente invasão do Congresso Nacional e do STF".

Segundo ele, ainda não há evidências de que Bolsonaro ou integrantes de sua chapa eleitoral estejas envolvidos com o caso, apesar da menção ao nome do candidato. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) do Paraná afirmou que o Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil (Nuciber/PCPR) já está investigando o disparo.

Matérias Relacionadas