Roberto Jefferson troca tiros com a PF durante abordagem e deixa dois policiais feridos
Um delegado e uma agente de polícia foram encaminhados ao hospital após serem baleados pelo ex-deputado; ambos já tiveram alta
O ex-deputado e ex-presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, trocou tiros com a Polícia Federal durante o cumprimento de mandado de prisão, na tarde de hoje (23). O ex-parlamentar, que cumpria prisão domiciliar em sua residência, na cidade de Comendador Levy Gasparian, no Rio de Janeiro, deixou dois policiais feridos ao reagir à abordagem. As informações foram confirmadas pela PF e pelo advogado de Jefferson, Luiz Gustavo Cunha.
Durante abordagem da polícia, Roberto Jefferson resistiu à prisão, deixando dois policiais feridos. O delegado, Marcelo Vilella teria foi atingido na cabeça e na perna, enquanto a policial identificado como Karina, teve ferimento na cabeça. Ambos foram atendidos em um hospital da região e já foram liberados. O ex-deputado usou câmeras de segurança para vigiar movimentação da policia na porta da sua casa.
Confira os vídeos:
Momento gravíssimo da nossa combalida democracia. PF cumpre ordem de prisão de Roberto Jefferson mas ele diz que não irá se entregar. Já houve tiroteio, como mostram as imagens. pic.twitter.com/chQFZfyTkd
— Bia Kicis (@Biakicis) October 23, 2022
Em vídeo que circulou nas redes sociais, Roberto Jefferson filma a viatura e rostos dos policiais enquanto diz: “Quero mostrar a vocês, chegou a Policia Federal pra me prender agora. As violências do ‘Xandão’. A minha raiz tá plantada, o que eu quero vocês sabem, o jogo que eu tô jogando vocês sabem. Eu não vou me entregar (...) porque eu acho um absurdo. Chega. Eu me cansei de ser vitima de arbítrio, de abuso. Infelizmente, eu vou enfrentá-los”.
No vídeo publicado em seguida, ele filma o parabrisa estilhaçado da viatura policial e afirma que ele e os policiais trocaram tiros, e que está cercado: “(...) vai piorar, vai piorar muito”, acrescenta Jefferson. Ao final, Roberto incentiva que público siga o seu exemplo, que "lutem contra a tirania" e "não se entreguem".
O mandado de prisão foi ordenado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, após ofensas direcionadas à também ministra do STF, Cármen Lúcia, serem proferidas em vídeo pelo ex-deputado e publicado por sua filha, Cristiane Brasil (PTB). Uma das medidas que ele deveria cumprir na prisão domiciliar é ficar longe das redes sociais.