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Jovens gonçalenses relatam misto de sentimentos de votar para presidente pela primeira vez

Brasil teve aumento de jovens eleitores em 2022

relogio min de leitura | Escrito por Felipe Galeno | 30 de outubro de 2022 - 19:19
"Vim porque quero mesmo, porque quero um país melhor. Não é por obrigação", conta votante na zona eleitoral do C. M. Ernani Faria
"Vim porque quero mesmo, porque quero um país melhor. Não é por obrigação", conta votante na zona eleitoral do C. M. Ernani Faria -

A sensação de apertar na urna os botões para eleger seu candidato a governante já é conhecido por boa parte dos eleitores que foram votar neste domingo (30/10) de segundo turno para eleições presidenciais no Brasil. Para muitos votantes, porém, a sensação é nova.

"Me senti muito feliz em votar no primeiro turno. É um sentimento estranho de contribuição para a sociedade", conta Guilherme, de 20 anos, morador do Colubandê que participou, pela primeira vez, do processo eleitoral para decidir a Presidência da República este ano.

Segundo levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Brasil teve um aumento de 47,2% de novos eleitores em 2022, em relação às eleições de 2018. Só de 16 a 18 anos, o acréscimo de estreantes no voto foi de 2.042.817 cidadãos.

Em São Gonçalo, pelo menos, boa parte deles parece animado com a possibilidade de exercer o voto. "Vim porque quero mesmo, porque quero um país melhor. Não é por obrigação", conta Isabelle, de 20 anos, enquanto sai de sua seção eleitoral no Colégio Municipal Ernani Faria, em Neves.

Seu namorado João, também de 20 anos e eleitor no mesmo local, complementa: "Esse ano não dá para deixar elegerem qualquer um". Para muitos, essa decisão em específico, após um acirrado primeiro domingo de eleições, torna o segundo turno tão importante. 

"No primeiro não votei, mas vim votar agora", conta Carolaine, de 25 anos. Mesmo ausente do primeiro domingo, participar da decisão, para ela, foi importante. "Achei bem maneiro e estou confiante". 

"Me senti honrado por estar fazendo parte da história do meu país, podendo exercer a democracia e meu direito como cidadão", compartilha Yan, de 19 anos, que também votou para Presidente pela primeira vez este ano. 

Ao mesmo tempo, 'fazer parte da história' se provou uma tarefa um pouco estafante. Guilherme conta que, mesmo feliz de estar participando de uma eleição tão importante, se sente cansado pela polarização. "Não vejo a hora do dia de hoje acabar", afirma o eleitor do Colubandê.

"A parte ruim [de votar] é que você nunca sabe se pode ou não expressar sua opinião, porque o Brasil tá dividido", desabafa Lethícia, de 19, eleitora do bairro Galo Branco. Ainda assim, ela reforça, assim como os outros eleitores, que participar do processo eleitoral é uma tarefa crucial. "Para mim, votar é sempre um ato de resistência, independente do resultado", conclui.

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