Assessor de deputado gonçalense ia para quartel pedir intervenção durante horário de trabalho
CVC, como é conhecido, foi preso na última quinta após ser acusado de liderar atos golpistas em Brasília
O assessor parlamentar Carlos Vinícius Coelho, preso na última quinta-feira (19/01) por acusações de organizar e participar dos atos golpistas e terroristas em Brasília no dia 8 de janeiro, é acusado de ter participado de manifestações em frente a um quartel militar durante seu horário de trabalho.
Assessor do deputado estadual gonçalense Filippe Poubel (PL), o "CVC", como é conhecido, compartilhou registros em sua rede social, no último mês de novembro, participando de manifestações que pediam por intervenção militar e alegavam, sem evidências, fraude na apuração do processo eleitoral.
Segundo o UOL, as datas e horários das publicações apontam que ele estaria durante o dia nos quartéis nos dias 1º, 2 e 3 de novembro. Os vídeos não estão mais disponíveis publicamente no perfil do acusado, mas foram compartilhados pelo veículo de notícias:
O gabinete de Poubel ainda não confirmou se as alegações são verdadeiras ou qual era o expediente de CVC.
O homem foi preso como parte da Operação Ulysses, da Polícia Federal, que prendeu outras duas pessoas suspeitas de financiarem os protestos terroristas em Brasília. Ele estava foragido há alguns dias e foi encontrado pelos agentes em Guaçuí, no Espírito Santo.
CVC é fundador do grupo Direita Campos e chegou a se candidatar a vereador em 2020, pelo Republicanos, na cidade de Campos dos Goytacazes, mas não recebeu votos o suficiente para ser eleito. Acabou ocupando o posto de suplente na câmara municipal de Campos.