Presidente da Câmara de São Gonçalo nega que vereador do PSC será afastado
MDB de Lecinho também é investigado por usar "laranjas" para cumprir cota de gênero
O presidente da Câmara dos Vereadores de São Gonçalo, Lecinho (MDB), afirmou que o vereador Armando Marins (PSC), alvo de cassação por conta da condenação de seu partido em um caso de fraude eleitoral, não será afastado. O próprio presidente também pode ser cassado, já que sua sigla também é investigada por acusações bem parecidas com as do PSC.
Ao OSG, Lecinho disse que a Câmara só deve tomar alguma providência quanto ao cargo do Dr. Armando Marins depois que a Justiça determinar os próximos passos do vereador. Armando ainda pode recorrer, mas a decisão do processo não esclarecer se ele poderá fazê-lo ainda com o cargo ou se precisará ser afastado de imediato.
As investigações sobre o MDB de São Gonçalo seguem em segredo de justiça. Desde 2021, o partido de Lecinho é investigado pelo Ministério Público depois que uma candidata da sigla, que não recebeu nenhum voto, admitiu ter aceitado disputar as eleições porque o partido ofereceu uma quantia de dinheiro por isso. Assim como o PSC, o MDB teria feito isso para burlar a cota de 30% das vagas para mulheres.
Procurado, o vereador Armando Marins ainda não comentou o caso. A decisão também afeta seus suplentes Roberto César Lobosco Gonçalves, Michel Portugal Jargger e Saulo França da Silva Andrade; como o vereador, eles também seriam cassados e inelegíveis por um período de 8 anos, contados a partir de 2020.