Jair Bolsonaro depõe hoje sobre joias sauditas
Junto com Bolsonaro, outros personagens envolvidos também serão ouvidos
O ex-presidente Jair Bolsonaro depõe, na tarde desta quarta-feira (05), à Polícia Federal após ter sido intimado sobre as joias sauditas recebidas e confiscadas no Aeroporto de Guarulhos, no ano passado. O conjunto de joias foi avaliado em R$ 16,5 milhões e confiscado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), após ser alegado que foram presentes ao governo brasileiro e, por isso, devem fazer parte do acervo público da presidência.
Junto com o ex-presidente, também serão intimados a depor o militar Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, Marcelo Câmara, assessor que trabalha na segurança de Bolsonaro, e o ex-chefe da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes, personagens que tentaram forçar a liberação das joias confiscadas. O ex-ministro Bento Albuquerque foi o primeiro a tentar a liberar as joias após o confisco, alegando que se tratava de um presente para a ex primeira dama, Michelle Bolsonaro. O ex-ministro de Minas e Energia afirmou ainda para a PF, no mês passado, que não havia informado aos fiscais da Receita Federal, no Aeroporto de Guarulhos no ano anterior, que estava portando um estojo com joias dado pela Arábia Saudita a Bolsonaro.
O militar Mauro Cid também teria emitido um ofício, com brasão da república, para pedir a liberação das joias apreendidas em Guarulhos. O ex-chefe da Receita, Julio Cesar Vieira Gomes, que também teria participado da elaboração do ofício junto com Mauro Cid, também foi procurado por Bolsonaro, com o mesmo intuito de recuperar as joias.
A PF deseja saber a origem e destino das joias sauditas, quem entregou e para onde seria seu destino final; se era para acervo pessoal do ex-presidente ou para acervo da Presidência.
Ainda existem pacotes de joias que estão sob posse de Bolsonaro e não foram devolvidos. Neste mês, um terceiro lote deve ser entregue para a guarda da Caixa. O presidente iniciou o depoimento às 14h30 desta quarta.