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Alerj irá criar 'disque combate às drogas'

Em audiência pública da Comissão de Combate ao Uso de Drogas, a Subsecretaria de Cuidados Especiais apresentou cartilha de prevenção à K9

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 24 de agosto de 2023 - 11:33
A medida foi anunciada durante audiência pública, realizada pela Comissão de Combate ao Uso de Drogas, ontem (23)
A medida foi anunciada durante audiência pública, realizada pela Comissão de Combate ao Uso de Drogas, ontem (23) -

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) irá criar um canal de atendimento para receber informações relacionadas ao uso de drogas. O serviço funcionará, de segunda a sexta-feira, por meio de um número 0800 e, aos fins de semana, as informações poderão ser enviadas via WhatsApp. A medida foi anunciada durante audiência pública, realizada pela Comissão de Combate ao Uso de Drogas, ontem (23), na sede do Parlamento fluminense. Na reunião, a Subsecretaria de Estado de Cuidados Especiais, ligada à Casa Civil, apresentou a cartilha contendo informações de prevenção ao uso da K9. Essa droga é feita à base de canabinoide sintético.

O presidente do colegiado, deputado Danniel Librelon (REP), informou que o Projeto de Resolução que estabelece a criação do canal 0800 foi aprovado pela presidência da Alerj. "É um ganho muito grande de uma demanda que a Comissão pleiteou e estamos conseguindo avançar. Agora, vamos tratar dos aspectos técnicos para que a gente possa inaugurar e fazer a divulgação do número ao público e aos demais órgãos", explicou.


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Librelon também explicou como funcionará o disk combate às drogas. A Comissão receberá as denúncias e irá encaminhá-las aos respectivos órgãos competentes. "Dependendo da demanda, vamos acionar o órgão responsável. Há casos em que será a Secretaria de Saúde e, em outros, a Assistência Social. Terá todo um protocolo que a Comissão irá acompanhar e também haverá transparência, por meio dos canais que criaremos nas redes sociais", acrescentou.

Cartilha de prevenção à K9

O subsecretário de Cuidados Especiais, Guilherme Bussinger, apresentou a cartilha de prevenção à K9, que havia sido uma demanda apresentada na audiência pública anterior, realizada pela Comissão, em 31/05 deste ano. "Esta cartilha, conforme prometido na audiência anterior, foi confeccionada pela Casa Civil e passou pelo crivo de diversos especialistas. Nós entendemos que a informação é a nossa principal arma. A droga afeta o que nós temos de mais valioso, que é a nossa vida", destacou.

O deputado Librelon elogiou a iniciativa e explicou como será feita a distribuição do material. O presidente do colegiado demonstrou preocupação com a possibilidade da disseminação da K9 no Rio de Janeiro e utilizou como exemplo a rápida propagação ocorrida em zonas de drogadição, que são as conhecidas "cracolândias", no Estado de São Paulo.

"A cartilha é uma grande contribuição, porque chegou para nós a informação de que algumas pessoas, no Estado do Rio, já utilizaram a K9. É uma droga nova e ainda não se sabe de que forma atuar para combater e prevenir. A Comissão, em cooperação com a subsecretaria, irá fazer a confecção dessas cartilhas para distribuirmos em ações da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, Casa Civil e da própria Alerj", complementou o parlamentar.

Comunidades terapêuticas

A subsecretária de Prevenção à Dependência Química, Marileia de Paula, citou a importância do trabalho das comunidades terapêuticas no acolhimento e tratamento de dependentes químicos em apoio aos centros de acolhimento estatais. "É preciso fortalecer as unidades de acolhimento. Temos parceiros importantes que são as comunidades terapêuticas e outras entidades que colaboram. A subsecretaria está buscando viabilizar a assinatura de uma parceria com essas instituições", afirmou.

Integrante da Comissão, o deputado Otoni de Paula Pai (MDB) elogiou o trabalho desempenhado pelas comunidades e recordou que instituições religiosas estão entre as pioneiras a realizar esse tipo de iniciativa. "As comunidades religiosas foram precursoras no combate às drogas. Igrejas católicas e evangélicas realizam esse trabalho há décadas, inicialmente sem muitos recursos, mas, ultimamente, se adequando e desempenhando um papel muito importante na recuperação dos dependentes químicos e daqueles que vivem nas ruas", ressaltou.

Também estiveram presentes o superintendente terapêutico da Subsecretaria de Cuidados Especiais, Douglas Manassés; a integrante do Conselho Municipal Antidrogas do Rio de Janeiro (Comad-Rio), Luciana Bicalho; a defensora pública do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos e idealizadora do projeto Pop Rua Itinerante, Cristiane Xavier; e a coordenadora de abordagem social do município de Mesquita, Fabiana Cavalcanti.

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