Polícia Federal aceita acordo de delação premiada de Mauro Cid
Acordo só passa a valer depois que for aprovado por MPF e STF
Preso desde maio, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. A informação foi divulgada e confirmada pela colunista Andréia Sadi, do portal "G1", na tarde desta quinta-feira (07/09).
O acordo ainda não foi oficialmente aprovado; antes, precisa passar pelo Ministério Público Federal (MPF), que deve informar que condições e circunstâncias requer para o estabelecimento da delação. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) precisa homologar o acordo antes que ele passe a valer.
Relembre o caso:
➢ Polícia Federal faz apreensões na casa de Jair Bolsonaro e prende Mauro Cid
➢ PF cumpre mandado de busca contra ex-responsável por presentes presidenciais de Bolsonaro
➢ Caso de militar investigado por fraude no cartão de vacina aconteceu em Itaboraí; entenda!
Cid passou cerca de 10 horas na sede da PF durante o último dia 28 de agosto prestando depoimento sobre os casos pelos quais é investigado. Ele foi preso por acusações de fraudar dados relativos a vacinação contra Covid-19 na carteira de Bolsonaro e sua filha Laura, de 12 anos.
Desde então, seu nome foi associado a outras acusações. Entre elas, está a invasão de um hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a tentativa de trazer de maneira irregular algumas joias recebidas pelo Executivo da Arábia Saudita e um suposto esquema de comercialização de presentes recebidos pelo governo federal.
Até o momento da publicação desta notícia, a defesa de Mauro ainda não havia confirmado a informação. Um acordo de delação premiada acontece quando um réu decide colaborar com o Estado e a instituição que o acusa em troca de um benefício, para identificar comparsas ou provas ocultas sobre os crimes investigados.