Luzes na escuridão - Deputado cobra da Enel soluções rápidas para 'apagões' em São Gonçalo e região
Desde o último sábado (18), a Enel já deixou mais de 2 milhões de consumidores sem energia elétrica em pelo menos 66 municípios que atende no estado do Rio de Janeiro
Parlamentares do Estado do Rio de Janeiro estão cobrando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre punições contra as concessionárias de energia elétrica por conta de apagões em todo o país. No Estado do Rio, principalmente na Região Metropolitana, a Light e a Enel têm sido alvo de protestos de moradores que ficaram sem energia durante os últimos dias. Para cobrar uma solução e a responsabilização das concessionárias, o deputado federal Dimas Gadelha (PT) esteve reunido com o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, e pediu medidas que obriguem a Enel e a Light a reestabelecerem o fornecimento do serviço aos consumidores, imediatamente.
Desde o último sábado (18), a Enel já deixou mais de 2 milhões de consumidores sem energia elétrica em pelo menos 66 municípios que atende no estado do Rio de Janeiro, entre eles, São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, Maricá, Rio Bonito e Tanguá.
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Na audiência com o secretário Wadih Damous, Dimas apresentou dados mostrando que ainda nesta terça-feira (21), três dias após o vendaval, existam milhares de famílias em São Gonçalo e região que ainda estão sem o fornecimento de energia.
"Inadmissível que ainda hoje, terça-feira, tenhamos mais de cem mil famílias sendo prejudicadas pela falta de energia elétrica em suas casas e comércios também. Vim até a Secretaria Nacional do Consumidor e aqui ao lado do Wadih Damous temos o compromisso que ainda hoje as empresas serão notificadas e também devem ser punidas pelos danos causados à população", declarou o deputado federal do Partido dos Trabalhadores.
Wadih Damous afirmou que a empresa Enel é campeã em queixas dos consumidores e que será notificada pelas ocorrências.
"A Enel é protagonista de milhares de reclamações da população. Primeiro foi a catástrofe em São Paulo e agora na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Não ficaremos de braços cruzados e ainda hoje a companhia de energia será notificada a prestar esclarecimentos. Possivelmente também responderá processo administrativo com sanções pelo ocorrido, de acordo com o que prevê o contrato de concessão", explicou Wadih, lembrando ainda que esse é um momento de reflexão para que os governantes avaliem os problemas decorrentes da privatização de serviços essenciais como energia elétrica.
O deputado federal Dimas Gadelha já encaminhou ofício para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) relatando os problemas recorrentes da companhia de energia elétrica responsável pelo serviço nas cidades de São Gonçalo, Niterói e região. No documento, Dimas relata as falhas no fornecimento de energia, que em alguns casos ultrapassam 40 horas, fazendo com que os moradores realizassem diversas manifestações em estradas e avenidas de São Gonçalo e Niterói. Ainda nesta terça-feira o deputado se reunirá com representantes da Aneel onde pedirá providências urgentes.
"A demora nos reparos da rede elétrica resultou em longos períodos de interrupção do fornecimento de energia, causando transtornos à população. Moradores e comerciantes perderam alimentos e produtos que precisam de refrigeração, assim como muitos que necessitam de energia para tratamentos de saúde com equipamentos que demandam uso de eletricidade. Essas pessoas encontram dificuldades até para se comunicar com a empresa. Tenho relatos aqui de muita gente que não consegue registrar a solicitação do reparo e isso não pode ser admissível", destacou.
Ainda no ofício, Dimas destaca a necessidade de cumprimento do contrato da companhia e que são recorrentes os problemas sofridos pela população. "Precisamos questionar a Enel sobre o cumprimento integral do contrato e a responsabilidade da empresa em manter um serviço eficiente e ainda lembro que os reparos dos danos causados à população devem ser exigidos. A companhia precisa adotar medidas efetivas para assegurar a segurança e o bem-estar da comunidade em casos de desastres naturais", concluiu.