Deputado é condenado por pedir para funcionários votarem em Bolsonaro
Parlamentar foi acusado de coagir funcionários de empresa para fins políticos
O deputado federal Gustavo Gayer (PL) foi condenado pela Justiça pelas acusações de coagir funcionários de uma empresa em Goiânia a votar no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a corrida eleitoral de 2022. O parlamentar teria se reunido com empresários e praticado assédio eleitoral contra trabalhadores para angariar votos para o colega de partido.
De acordo com a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT18), Gayer deverá pagar uma multa indenizatória de R$ 80 mil por conta das reuniões que realizou com empresas na época das eleições presidenciais, no ano passado. A decisão reconheceu como evidente "o constrangimento dos trabalhadores em tais situações", levando em conta a "condição de subordinação jurídica ao empregador”.
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O parlamentar goiano nega as acusações e alega que os bate-papos com as empresas tinham o objetivo de debater o cenário político no país. "Na reunião não foi oferecida qualquer promessa de recompensa aos empregados para que votassem no candidato apoiado", afirmou a defesa do deputado.
Com a decisão, todo o valor de indenização pago pelo deputado pelos danos morais coletivos será direcionada para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), fundo especial gerido pelo Ministério do Trabalho e Emprego que custeia programas de abono salarial e de seguro-desemprego.