Janja defende Lula após fala polêmica: "se referiu ao governo genocida"
Primeira-dama usou as redes sociais para comentar declarações do presidente
A primeira-dama Rosângela "Janja" da Silva usou as redes sociais para se posicionar a respeito do polêmico discurso em que o presidente Lula (PT) comparou as ações do Governo de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto promovido pela Alemanha nazista. Janja afirmou que o marido defende a paz e que sua crítica fez referência ao "governo genocida e não ao povo judeu".
"Orgulho do meu marido que, desde o início desse conflito na Faixa de Gaza, tem defendido a paz e principalmente o direito à vida de mulheres e crianças, que são maioria das vítimas. Tenho certeza que se o Presidente Lula tivesse vivenciado o período da Segunda Guerra, ele teria da mesma forma defendido o direito à vida dos judeus. A fala se referiu ao governo genocida e não ao povo judeu. Sejamos honestos nas análises", disse Janja.
Na postagem, a primeira-dama também comentou a cobertura jornalística dos conflitos em Gaza. "Perguntei certa vez a uma jornalista por que a imprensa não divulga as imagens do massacre em Gaza, ao que ela me respondeu: 'porque são muito fortes as imagens das crianças mortas'. Se isso não é esconder o genocídio, eu não sei o que é", afirmou Janja.
Orgulho do meu marido que, desde o início desse conflito na Faixa de Gaza, tem defendido a paz e principalmente o direito à vida de mulheres e crianças, que são maioria das vítimas. Tenho certeza que se o Presidente Lula tivesse vivenciado o período da Segunda Guerra, ele teria…
— Janja Lula Silva (@JanjaLula) February 19, 2024
Até a tarde desta segunda-feira (19), Lula ainda não havia comentado seu discurso, proferido após passagem em um encontro político na Etiópia neste domingo (18). Discutindo os conflitos, ele afirmou: "O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando Hitler decidiu matar os judeus".
A declaração teve repercussão internacional e foi recebida com críticas pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. ele classificou a comparação como uma tentativa de "prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender", além de ter convocado uma "dura conversa de repreensão" com o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer.
הדברים של נשיא ברזיל מבישים וחמורים. מדובר בזילות השואה ובניסיון לפגוע בעם היהודי ובזכותה של ישראל להגן עצמה.
— Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו (@netanyahu) February 18, 2024
ההשוואה בין ישראל לשואת הנאצים ולהיטלר היא חציית קו אדום. ישראל נלחמת למען הגנתה והבטחת עתידה עד לניצחון המוחלט והיא עושה זאת תוך שמירה על הדין הבינלאומי.
החלטתי עם…