Lula pede mais ambição da comunidade internacional em relação às pautas climáticas durante reunião do G20
Presidente assumiu responsabilidade de reduzir de 59 a 67% das emissões de gás carbônico
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que a comunidade internacional tenha uma maior ambição em relação às pautas climáticas debatidas no segundo dia de reuniões do G20. Nesta terça-feira (19), os líderes das principais economias globais discutem desenvolvimento sustentável e transição energética no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio).
"Mesmo que não caminhemos na mesma velocidade, todos podemos dar um passo a mais", argumentou o presidente brasileiro incentivando o engajamento na Mobilização Global Conjunta Brasil-ONU para elevar o nível de ambição da próxima rodada de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), compromissos feitos por cada país para a redução de emissões do efeito estufa.
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Aos membros desenvolvidos do G20, Lula propôs que antecipem as metas de neutralidade climática de 2050 para 2040 ou até 2045. "Sem assumir suas responsabilidades históricas, as nações ricas não terão credibilidade para exigir ambição dos demais", pontuou.
Aos países emergentes, o presidente fez um chamado para que suas NDCs cubram toda a economia e todos os gases de efeito estufa. "É essencial que considerem adotar metas absolutas de redução de emissões", disse. Ele ainda convidou a comunidade internacional para fazer de Belém a "COP da Virada" e a criar um Conselho de Mudança do Clima na ONU.
Para a meta de 2035, o Brasil assumiu a responsabilidade de reduzir entre 59 e 67% as emissões de gás carbônico, comparado a 2005. Em seu discurso, o político também prometeu acabar com o desmatamento até o ano de 2030.