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Indiciado, Bolsonaro reage a inquérito da PF: "tudo o que não diz a lei"

Ex-presidente criticou ministro Alexandre de Moraes; inquérito indica que Bolsonaro sabia de plano para matar autoridades

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 21 de novembro de 2024 - 18:53
"Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar", disse ex-presidente
"Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar", disse ex-presidente -

Indiciado pela Polícia Federal no inquérito que investiga uma tentativa de golpe no Brasil em 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu ao relatório na tarde desta quinta (21). Em entrevista ao jornal "Metrópoles", reproduzida em seu perfil oficial no X, Bolsonaro criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o acusou de fazer "tudo o que não diz a lei". 

"O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei", afirmou o ex-presidente. Ele foi um dos 37 nomes acusados de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa pelo inquérito.

No X, antigo Twitter, Bolsonaro disse ainda que aguarda o desenrolar judicial do caso. "Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar", disse.


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O relatório final da PF indica que o ex-presidente tinha "pleno conhecimento" do plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e Moraes. Na terça (19), quatro militares do Exército e um policial militar foram presos por indícios de elaborar um "planejamento operacional" para executar as autoridades após a derrota de Bolsonaro nas urnas em 2022.

Além de Bolsonaro, também foram indiciados no inquérito alguns dos ex-ministros do Governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa). O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara, também estão entre os citados no relatório.

O inquérito foi entregue aos STF, que agora aguarda a posição da Procuradoria-Geral da República. Caso a PGR decida indiciar os suspeitos ao STF, ele se tronam réus e serão julgados por três crimes.

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