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No Rio, Bolsonaro pede anistia a condenados em ato golpista e fala que não quer fugir do Brasil

Ex-presidente se reuniu com apoiadores em manifestação na Zona Sul do Rio neste domingo (16)

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 16 de março de 2025 - 16:51
Ex-presidente também comentou acusações de tentativa de golpe pela qual é investigado
Ex-presidente também comentou acusações de tentativa de golpe pela qual é investigado -

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de uma manifestação com apoiadores em Copacabana, Zona Sul do Rio, na manhã deste domingo (16). Aproximadamente 18,3 mil pessoas estiveram na Avenida Atlântica, segundo pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), para o protesto, que pedia a anistia para os condenados por envolvimento com o ato golpista em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.

Em discurso aos manifestantes, Bolsonaro criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) pela condução dos julgamentos de envolvidos com o s ataques na capital e se esquivou das acusações de envolvimento com a tentativa de golpe de Estado pela qual ele próprio é investigado. O ex-chefe do Executivo disse que, caso seja condenado, não pretende fugir do país para escapar da prisão.

“Eu tenho paixão pelo meu Brasil. Se algo na covardia acontecer comigo, continuem lutando. O que eles querem aqui no Brasil é fazer igual na Venezuela. Não vou sair do Brasil. A minha vida estaria muito mais tranquila se eu estivesse do lado deles [condenados pelo 8 de janeiro]. E só não foi perfeita essa historinha de golpe para eles porque eu estava nos Estados Unidos. Se eu estivesse aqui, estaria preso até hoje ou quem sabe morto por eles. Eu vou ser um problema para eles, preso ou morto”, disse Bolsonaro.


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O ex-presidente citou o nome de alguns dos acusados de envolvimento com o ato golpista e disse que os condenados são “pessoas humildes” que teriam sido “atraídos para uma armadilha” na ocasião da invasão à sede dos três poderes. “Eu jamais esperava um dia estar lutando por anistia de pessoas de bem, de pessoas que não cometeram nenhum ato de maldade, que não tinham intenção, e nem poder pra fazer aquilo que estão sendo acusados”, afirmou.

Por fim, Bolsonaro, que está inelegível, também mencionou as eleições presidenciais de 2026 e admitiu que pode não estar entre os nomes na disputa. “Estamos deixando muitas pessoas capazes de me substituir. Peço a vocês, que por ocasião das eleições do ano que vem, me deem 50% da Câmara e 50% do Senado, que eu mudo o destino do nosso Brasil. Tenho certeza. E deixo claro aqui: esse 50% aqui [apontando para governadores Mauro Mendes (União) e Tarcísio de Freitas (Republicanos)] não é PL não. Tem gente boa em todos os partidos”, afirmou.

Além dele, também discursaram no evento os deputado Nikolas Ferreira (PL) e Rodrigo Valadares (União), relator do PL da Anistia; o senador Flávio Bolsonaro (PL); o presidente do PL, Valdemar Costa Neto e o pastor Silas Malafaia. Quatro governadores participaram da manifestação: Cláudio Castro (PL), do Rio; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Mauro Mendes (União Brasil), do Mato Grosso; e Tarcísio de Freitas (Republicanos) , de São Paulo.

Até o início deste ano, 371 pessoas haviam sido condenadas por participação nos ataques em Brasília do 8 de janeiro. Já Bolsonaro, que ainda está sendo investigado, é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado agravado pelo emprego de violência e deterioração de patrimônio tombado da União.

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