Menina de 12 anos fica em coma induzido após usar vape; entenda o caso
A norte-irlandesa Sarah Griffin foi hospitalizada com danos nos pulmões e quase morreu devido ao uso de cigarros eletrônicos
A norte-irlandesa Sarah Griffin, de apenas 12 anos, ficou entre a vida e a morte após usar um cigarro eletrônico. Ela teve danos aos pulmões e ficou em coma induzido por quatro dias, enquanto os médicos tentavam estabilizar seus sinais vitais.
Sarah tem asma, mas começou a fumar cigarros eletrônicos quando tinha apenas nove anos. Eventualmente, ela ficou viciada. Em setembro, a menina teve uma crise de asma e uma infecção nos pulmões. De acordo com os médicos, o quadro da criança foi agravado pelo dano nos pulmões causado pelo uso do dispositivo.
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“Os médicos explicaram que se Sarah não estivesse fumando, ela estaria em melhor posição para combater a infecção. O uso de vape deixou seus pulmões muito fracos”, disse Mary Griffin, mãe da criança, em campanha da Northern Ireland Chest Heart & Stroke’s (NICHS) para conscientização sobre o risco do uso desse tipo de dispositivo por jovens.
De acordo com a organização, o número de crianças de 12 anos que se classificam como usuários regulares de cigarros eletrônicos aumentou de 6% em 2016 para 17% em 2022.
“Sarah não estava fumando muito, mas isso, junto com sua asma, era uma combinação muito perigosa. Os jovens são atraídos pelas cores e sabores brilhantes dos vapes, mas as pessoas precisam saber sobre os perigos potenciais associados a eles", alerta Mary Griffin.
A mãe de Sarah conta que a filha começou a passar mal em um domingo a noite. A família achou que era apenas uma crise de asma. A menina, então, usou seu inalador e nebulizador. No entanto, no dia seguinte, ela piorou e mal tinha fôlego para completar uma frase.
“O médico me mostrou uma radiografia dos pulmões de Sarah e explicou que um deles estava gravemente ferido. O outro estava, portanto, fazendo trabalho extra e agravando a asma. Sarah também teve uma infecção, então tudo combinado teve um impacto enorme em seu corpo, de forma extremamente rápida.”, contou a mãe.
A equipe médica trabalhou incessantemente para restaurar a saúde da adolescente. Não foi fácil, mas ela conseguiu se recuperar. Entretanto, ficará com sequelas de longo prazo.
Além da saúde física, houve repercussões em sua saúde mental.
"O impacto mental foi tão grande quanto o impacto físico. Ela passou por um grande trauma. Ela ainda tem um longo caminho pela frente, mas estamos muito gratos por tê-la de volta em casa conosco.”, avalia sua mãe.
Agora, Sarah e sua família se dedicam em conscientizar outras famílias e jovens sobre os riscos.