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O Pai

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 13 de agosto de 2017 - 17:00

Hoje é "Dia dos Pais". Toda data comemorativa se faz para que a nossa memória

fique sempre viva em relação a ela. Pesquisando sobre a origem desta celebração,

ficamos sabendo que tudo teve seu início na Babilônia, há mais de quatro mil anos.

Dizem que um jovem chamado Elmesu apreciava tanto o seu pai que pegou um pedaço

de argila, moldou um cartão e esculpiu belas palavras para ele. O povo achou a ideia tão

emocionante que ela se foi espalhando, atingindo, inclusive, diversas civilizações. Eis a

mensagem de Elmesu: “Pai, tenho em você a figura de um mentor, seu exemplo moldou a

minha personalidade e me transformou no homem que sou hoje. Desejo saúde e vida

longa a ti, meu Mestre, meu Senhor, meu Pai”.

É uma história que mostra bem o que importa nela: o conceito de amor e de retidão

que a figura do pai evoca no filho que marca, com seu ato, a dedicação e ética que o pai

imprimiu no seu caráter. No entanto, a repercussão mundial mais próxima de nós da

homenagem que se faz neste dia, se deu a partir do início do século XX, quando se

institucionalizou a data nos Estados Unidos. Uma moça chamada Sonora Louis Dodd

escolheu o dia 19 de junho para homenagear seu pai, William Jackson Smart, um

veterano da Guerra Civil Americana que, após a morte da esposa, criou-a e os demais

irmãos, sozinho.

A homenagem começou de forma simples, em 1909, na cidade de Spokane,

Washington. A data escolhida dizia respeito ao dia do nascimento do pai de Sonora. A

emoção e a singeleza do gesto da jovem influenciaram muitas outras pessoas de sua

idade, que passaram a fazer o mesmo: homenagear seus pais. Com o tempo, a prática

viajou de Spokane para todos os outros estados americanos. Assim, se repete, séculos

após séculos, a história de Elmesu. Em 1972, por circunstâncias diversas, o presidente

Nixon declararia o terceiro domingo de junho como o dia oficial da comemoração dos

pais, data adotada como padrão por diversos países ocidentais. No Brasil, ficou definido

que todo segundo domingo do mês de agosto seria comemorada esta figura tão

importante na constituição das famílias: o pai.

A data foi pensada por um publicitário, Sylvio Bhering, cuja escolha se deu para

associá-la ao dia de São Joaquim, avô de Jesus. E seu neto, Jesus Cristo, numa de suas

mais belas parábolas contidas no Evangelho de Lucas, conta a história do filho pródigo e

do pai que soube perdoar seus erros. A parábola fala de um rapaz que pede ao pai sua parte da herança e sai de casa, viajando para terras distantes. Longe, passa a viver

nababescamente e a desperdiçar seus bens até dilapidá-lo todo. Para sobreviver, vai para

o campo cuidar de porcos. Após meses de sofrimento, cai em si e pensa: – Quantos

empregados de meu pai têm abundância de pão e eu aqui passando fome! Irei ter com o

meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e perante ti; já não sou digno de ser

chamado teu filho. Trata-me pelo menos como um dos seus empregados. Toma a decisão

e volta para a casa. Chegando, ainda de longe o pai o avista e, movido pela saudade e pela

compaixão, corre ao seu encontro, lança-se ao seu pescoço e o cobre de beijos.

Então o rapaz lhe diz que pecou e que não é digno de ser chamado de filho. Mas o

pai, impelido pelo amor e pelo perdão, exclama: – Trazei depressa a túnica mais preciosa

e vesti nele, ponha no dedo um anel e sandálias nos pés. Trazei um bezerro cevado para

matar e comamos alegremente, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, tinha-

se perdido e foi achado. E celebraram com festa! Este é o terno coração de um pai.

Feliz e pródigo Dia para todos os Pais que amam verdadeiramente os seus filhos.

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