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Família acusa prefeitura de Arraial por suposta negligência médica

Mulher morreu após 11 dias de espera por transferência

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 20 de setembro de 2019 - 18:30
Mulher esperava transferência para um novo local que fizesse sua cirurgia de maneira especializada
Mulher esperava transferência para um novo local que fizesse sua cirurgia de maneira especializada -

 A família de Leila Martins, de 63 anos, culpa a Prefeitura Municipal de Arraial do Cabo e a Secretaria Municipal de Saúde de negligência, que teria causado a morte da mulher. Leila faleceu na madrugada desta quinta-feira (19), no Hospital Geral da cidade. 



Leila deu entrada no hospital na segunda-feira retrasada (9) com aneurisma pulmonar, que foi identificado através de exames da rede privada. A mulher já tinha pedido ajuda duas vezes para a rede pública antes e não foi diagnosticada. Após dar entrada, a recomendação foi de internar e fazer uma cirurgia na paciente. 




Mas, de acordo com o viúvo de Leila, Eliel Fernandes Barreto, faltou empenho da Secretaria de Saúde em conseguir uma transferência para a mulher para um local que fizesse a cirurgia de maneira mais segura e especializada. Ele recorreu ao secretário Antonio Carlos Kafuru, mas não conseguiu resultado. 



Por causa da expectativa da cirurgia, Leila ficou cinco dias sem comer ou beber nada. Com isso, o quadro da moça piorou e ela precisou passar por uma hemodiálise, a partir daí, a operação de Leila não foi mais possível. Os parentes e amigos da mulher se mobilizaram para pedir ajuda pelas redes sociais, mas já era tarde. 



Eliel afirmou que vai colocar o município na Justiça e desabafou sobre a situação: “vamos tomar providências sim. Estamos procurando um advogado porque não vamos deixar isso assim, não é certo. Eles mataram a minha mulher. Se tivessem tido interesse desde o primeiro ou segundo dia, ela não teria vindo a óbito.”



Horas antes da morte de Leila,  amigos fizeram uma manifestação próximo ao Hospital Geral pedindo providências do município, que afirmava que não havia vagas nos unidades que podiam receber a mulher. 



Mesmo depois de quatro liminares na Justiça, a prefeitura disse que o caso foi tratado com prioridade e que a paciente estava cadastrada no Sisreg (sistema que regula leitos no Estado do Rio), mas o problema “não era a falta de verba, como erroneamente divulgado, mas de vagas” nos hospitais que podiam receber a mulher.

 

A Prefeitura de Arraial publicou uma nota oficial, falando sobre a morte de Leila e explicando que “fez o que pode para viabilizar a transferência da paciente, mas infelizmente encontrou dificuldades para conseguir a vaga” e que “durante o tempo que a paciente ficou internada no HGAC recebeu todos os cuidados da equipe, que trabalhou de forma incansável para oferecer todo aparato necessário”.

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