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'TCP' lança novo plano para tentar impedir monopólio do 'CV' em Niterói

Informações chegadas à polícia indicam que estratégia seria montar 'base' para retomar também comunidades perdidas na Zona Norte da cidade. Saiba quem são os envolvidos na disputa

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 21 de junho de 2021 - 18:24
Fotos foram postadas nas redes sociais pelos invasores
Fotos foram postadas nas redes sociais pelos invasores -

Setores de Inteligência da Polícia fazem investigações para saber quem são as lideranças que estão por trás de uma nova disputa entre as facções Terceiro Comando Puro (TCP) e o Comando Vermelho (CV) em Niterói. Dessa vez o foco dos confrontes é o Morro do Estado, no Centro da cidade, que  há meses, estava sob domínio do CV, e que fio invadido por criminosos do TCP no último fim de semana. além de realizarem a invasão, os criminosos dessa facção estão divulgando fotos e informações nas redes sociais e se referindo ao episódio como uma 'vitória' sobre os rivais.  

Informações iniciais indicam que lideranças do TCP no Complexo da Maré, na Zona Portuária da capital, e de Acari, no subúrbio da cidade, estariam juntas, fornecendo armamentos e 'soldados' para manter o Morro do Estado ocupado. O próximo passo seria entrar também na comunidade da Chácara, vizinha ao Estado, e depois montar outra estratégia para retirar o CV das comunidades da Coronel Leôncio, da Coréia, Santo Cristo - todas no Fonseca- e do Pimba e da Palmeira, na Riodades.

Antigas lideranças do TCP encarceradas em presídios também teriam dado apoio ao novo plano de invasões. O resultado da situação foram duas noites de confrontos no Morro do Estado, entre sábado e domingo, para desespero dos moradores da tradicional comunidade do Centro de Niterói.    

Levantamentos iniciais da polícia indicam que o Morro do Estado estava sob domínio de traficantes do CV de comunidades ligadas à Zona Sul da cidade - no Viradouro e  Areal, ambas em Santa Rosa - para fazer face ao prejuízo provocado em decorrência do plano de ocupações que foram montados pelas forças de Segurança Pública, desde o ano passado nesses locais, e também nas comunidades da Igrejinha e da Grota.

Essas comunidades da Zona Sul tem liderança de Marcos Patrick da Silva Aquino, o Tiquinho, que não tem uma das mãos: ele perdeu o membro ao ser ferido durante uma troca de tiros com a polícia, quando a granada que segurava explodiu em suas mãos antes de ser lançada contra os militares. 

Os traficantes do TCP haviam se retirado das comunidades do Fonseca e Riodades porque se encontravam em desvantagem em número de homens e armamentos contra os criminosos do CV, que tem grande maioria em outras comunidades da Engenho e do Fonseca. Um dos financiadores da tomada do Morro do Estado pelo TCP é Thiago Folly, o TH, apontado como o líder de onze das 15 comunidades que compõem o Complexo da Maré. 

Segundo a polícia, os novos líderes das comunidades ocupadas pelo CV no Fonseca e na Riodades são Carlos Vinicius Lírio da Silva, o Cabeça ou Romário e outro traficante da comunidade da Nova Brasília identificado como Fluminense. 

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