Empresa de internet recebe ameaças de traficantes em Niterói
O caso ocorre na Região Oceânica do município
Uma empresa provedora de internet em Niterói está tendo problemas para realizar seus serviços. Os funcionários, segundo a companhia, são acionados para instalar internet ou resolver problemas de roubos de cabos e, ao chegarem no bairro Engenho do Mato, em Niterói, são impedidos por traficantes de cumprirem o serviço. A situação é tão caótica que foram registradas 3 ocorrências apenas no mês de dezembro da provedora de internet na 81ª DP (Itaipu) relatando ameaças do tipo.
Quem sofre com o principal problema é o morador da região que se sente desfalcado e sem o serviço que precisa. Ao OSG, moradores do local já relataram que a situação sempre se repete até com outras empresas. Eles contam que são os próprios traficantes que cortam as redes de internet no bairro para que os moradores usem a internet fornecida por esses traficantes, e não as de fora. Com isso, os criminosos obtém mais um lucro em cima dessa situação.
"Hoje, pela 3ª vez nesse mês, nossas equipes foram expulsas da localidade. Todas as ocorrências devidamente documentadas na 81ª Delegacia. Temos clientes com chamados na localidade, alguns por sabotagem clara na rede, e não poderemos atender. Os meliantes agora impedem até a chegada em condomínios", informou a operadora vítima do caso.
Procurada para comentar sobre a situação, a empresa afirmou que, da última vez que foi ameaçada, seus funcionários ouviram que seriam caçados pelos criminosos mesmo fora do bairro. A situação é de pavor e medo. Com isso, alguns funcionários se recusam a ir até o local para trabalhar.
"Ainda não suspendemos os serviços, mas não enviamos mais equipes para algumas ruas até segunda ordem. Sim, existem região críticas em Niterói, onde nenhuma operadora atua. Basta checar diretamente as áreas com as operadoras - que agora simplesmente informam "fora de área de cobertura". Estamos trabalhando em conjunto com as autoridades locais", informou a empresa que prefere manter o anonimato por causa das ameaças.
Ainda sobre o tema, o OSG procurou a Polícia Militar que confirmou o registro das ocorrências e informou que "o Batalhão de Niterói realiza policiamento ostensivo em toda região oceânica da cidade, assim como em toda área coberta pelo 12°BPM. O trabalho da polícia militar é ostensivo, e os agentes realizam prisões em ações como esta, quando há flagrantes. Cabe ressaltar que este é tipo de crime de oportunidade.
Ressaltamos ainda a importância de registro em delegacia para avaliação da mancha criminal e uma possível mudança de estratégia do policiamento aplicado, caso necessário".
Sobre a investigação, a PM informou que essas informações ficam a cargo da Polícia Civil. Esta última também foi procurada, mas não retornou o contato até o momento. Esta não é a primeira vez que o OSG denuncia casos do tipo em São Gonçalo, Itaboraí e Niterói.