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Monique Medeiros divide cela com esposa de Ronnie Lessa

Mãe do menino Henry Borel foi transferida após confusão com a delegada Adriana Belém

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 04 de julho de 2022 - 12:25
Monique Medeiros, réu pelo homicídio de seu filho, o menino Henry Borel
Monique Medeiros, réu pelo homicídio de seu filho, o menino Henry Borel -

A professora Monique Medeiros, acusada de envolvimento na morte de seu próprio filho, o menino Henry Borel, de apenas 4 anos, foi transferida para uma nova cela no Instituto Penal Santo Expedito, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, após a delegada Adriana Belém se negar a dividir cela com ela. Monique divide o novo espaço com outras oito detentas, dentre elas Elaine Pereira Figueiredo Lessa, mulher do sargento reformado da PM Ronnie Lessa, réu pelo homicídio da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.

Na última quinta-feira (30/6), a delegada Adriana Belém, presa por suspeita de envolvimento com a quadrilha do bicheiro Rogério Andrade, saía do banho, com uma toalha enrolada na cabeça, quando viu Monique em sua cela e aos gritos, exigiu que ela fosse retirada do aposento, alegando que o espaço era destinado a policiais.

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a mãe do menino Henry foi encaminhada à cela da delegada para não ficar na triagem enquanto esperava a definição de sua repartição. Após a confusão, Monique foi transferida para um local com outras oito detentas com ensino superior completo, como ela, que é formada em pedagogia. O novo espaço conta com duas televisões para entretenimento e um banheiro coletivo.

Elaine Lessa responde por tráfico internacional de armas e obstrução de Justiça. Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e do Ministério Público do Rio (MPRJ), ela participou de uma operação para retirar e destruir armas escondidas por seu marido, em um apartamento alugado pelo contraventor na Pechincha, Zona Oeste do Rio. O episódio se deu um dia após a prisão de Lessa.

Monique já havia dividido cela com Elaine, no Instituto Penal Oscar Stevenson, mas foi transferida após suas companheiras se queixarem um suposto ato libidinoso entre ela e um de seus advogado, em março deste ano. A denúncia foi encaminhada para a Seap, que decidiu ouvir as detentas depois que a mãe do menino Henry alegou ter sido vítima de ameaças dentro da cadeia.

Após o ocorrido, a juíza da 2ª Vara Criminal, Elizabeth Machado Louro, promulgou o habeas corpus de Monique, determinando que ela respondesse ao crime em liberdade e fizesse uso de uma tornozeleira eletrônica até o fim do processo. De acordo com a magistrada, diante das ameaças a professora vinha sofrendo, sua prisão “não favorece a garantia da ordem pública". Contudo, o decreto foi revogado por decisão dos desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio e a mãe de Henry voltou para a cadeia na semana passada.

Os advogados de Monique, Thiago Minagé e Hugo Novais, comunicaram o envio de um novo pedido de habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça. Em nota, a defesa da professora explicou que "impetrou um HC perante o STJ e acredita na sua soltura, uma vez que inexistem motivos legais que justifiquem a manutenção do cárcere"

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