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PM teria matado irmã em São Gonçalo por motivo banal

Irmã teria apenas tentado conter o ataque de fúria dela e agressão a terceiros

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 05 de julho de 2022 - 10:45
Rhaillayne e Rayana
Rhaillayne e Rayana -

Nos últimos dias uma pergunta ficou no ar: o que teria levado a PM Rhaillayne Oliveira de Mello, de 30 anos, a tirar a vida da própria irmã Rhayana Mello, de 23 ? Muitas suposições foram criadas para estabelecer um conflito entre as irmãs, mas ao que tudo indica, a briga entre as duas, horas antes do crime, foi por motivo banal. É isso que contou o parente delas em depoimento na Divisão De Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo.

O momento que antecede o assassinato parecia uma tragédia anunciada. Antes mesmo de matar Rhayana a tiros, a PM Rhaillayne já havia agredido com tapas e arranhões a mãe e uma outra irmã grávida.

Para Rhayana sobrou à fúria da irmã, que alcoolizada tentou descontar nela todos os conflitos familiares que permeiam a família. Parentes contaram que discussões e ofensas entre elas eram comuns. O principal motivo dos desentendimentos seria a cobrança por uma proximidade maior entre os familiares. Filhas de pais separados, as irmãs teriam sido criadas pelos avós paternos  e sempre disputaram atenção. Apesar disso, não havia até então, relato de agressões entre as irmãs.

O que pode ter motivado o crime

Após brigar com a mãe e a irmã grávida, Rhaillayne foi para um bar e depois saiu para encontrar Rhayane. As duas dançaram e se divertiram como nunca. O marido de uma das irmãs dela, que está grávida, estava junto e disse que em certo momento Rhaillayne tentou intimidá-lo, falando que era polícia.Essa era a segunda vez que o homem via a PM. Rhayane então a reprimiu pelo ato.

Com o avanço da madrugada, o bar na Rua Jaime Figueiredo, no Camarão,  foi fechado. Rhaillayne tentou ir ao banheiro. Impedida pelo dono do lugar,que explicou o término do expediente, ela teria feito um disparo para o alto. Foi quando a irmã a repreendeu mais uma vez.

Eles seguiram para um posto de combustível onde acontecia uma baile a céu aberto. Incomodada com o comportamento raivoso de Rhaillayne, Rhayna ligou para o marido da irmã, também PM, para que viesse buscá-la. As duas teriam se desentendido e começado a discussão.

Logo em seguida, ela  entraram em luta corporal e a PM disparou diversas vezes até acertar a irmã.

O crime teria sido motivado por uma briga entre irmãs
O crime teria sido motivado por uma briga entre irmãs |  Foto: Divulgação
  

Agressão a mãe e a irmã 

Por volta das 20h30 da última sexta-feira, Rhaillayne saiu de casa para uma festa de família onde encontraria as irmãs e a mãe. A briga aconteceu na volta desta festa quando a família estava num carro de aplicativo. Rhaillayne teria considerado o motorista suspeito, e foi repreendida pela mãe e irmã que não gostaram de sua postura. Nervosa e sem paciência, como descreve o marido, ela agrediu as duas. 

"Ela andava sem paciência"

Rhaillayne
Rhaillayne |  Foto: Reprodução/TVGlobo
 

Durante depoimento na Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG), o marido PM contou que a esposa, com quem mantinha relacionamento há um ano e meio, estava demonstrando nos últimos dias que estava nervosa e sem paciência. Os motivos se davam principalmente por questões financeiras. Ele que também é PM, lotado na 2ª UPP/ 16º BPM ( Olaria), foi o responsável pela prisão da companheira.

O PM contou  em depoimento que horas antes do crime, a esposa esteve em casa para pegar a pistola. 40 com a qual matou a irmã, sem que ele percebesse. Na noite anterior ao crime, Rhaillayne havia saído de casa para ir a uma festa na família. Já na madrugada (sábado 2), ela foi até o quarto, pegou a arma e saiu.

Menos de uma hora se passou e ele recebeu um telefonema da mãe de Rhaillayne, dizendo que a PM, muito nervosa, havia discutido com ela e com outra irmã. O PM então se levantou e viu que a arma, que pertence à PM e estava acautelada com Rhaillayne não estava guardada em casa.

Por volta das 4h de sábado, ele disse ter recebido uma nova ligação, desta vez da outra irmã de Rhaillayne, dizendo estar preocupada, porque a soldado da PM estava "extremamente nervosa". A irmã teria pedido para ele falar com o pai dela, mas o sogro disse que se fosse até a filha “poderia piorar a situação”.

Neste momento, o policial saiu em busca da esposa e a encontrou bebendo em um bar sozinha. Ela se negou a acompanhar o marido até em casa. Ele  afirmou à polícia que saiu do bar e foi para a casa da sogra. Poucas horas depois, ele recebeu nova ligação, desta vez de Rhayana.

Ela disse que a irmã estava transtornada e alcoolizada no meio da rua. Ele contou ter ido ao local onde as duas estavam, um posto de gasolina na Rua Doutor  Francisco Portela. Lá encontrou esposa "com claros sinais de embriaguez, e continuava a fazer uso de bebida alcoólica".

Neste momento,  Rhayana e Rhaillayne começaram uma discussão, que virou rapidamente um confronto físico. Ele tentou separar com ajuda de populares, mas a esposa puxou a arma e começou a atirar em direção à irmã.

“Não me aproximei de Rhaillayne porque temia pela minha vida", teria dito.

O PM deu voz de prisão à esposa, pegou sua arma e a levou de carro à 73ª DP (Neves), e em seguida para a DH de Niterói.

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