Justiça decreta prisão de policial que matou tesoureiro do PT
Crime aconteceu neste domingo, durante festa de aniversário da vítima
A Justiça decretou prisão preventiva contra o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de matar o tesoureiro do PT, Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, em Foz do Iguaçu. O crime foi cometido neste domingo (10).
A vítima comemorava seu aniversário com tema do Partido dos Trabalhadores e imagens do ex-presidente Lula quando o acusado chegou ao local, armado. Inicialmente ele foi convencido a ir embora, mas voltou minutos depois atirando contra Marcelo. Também armada, a vítima reagiu e conseguiu acertar seu algoz, que ficou ferido. Contudo, o aniversariante morreu no local.
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Apesar de não estar ativo atualmente nas redes, o policial posta conteúdos de apoio a Jair Bolsonaro desde 2018. Além da ferrenha defesa ao presidente, o policial também publicava ataques ao Supremo Tribunal Federal, à Rede Globo e aos movimentos sociais. Ainda em 2018, ele publicou uma foto em seu perfil no Facebook com a frase "Eu sou caixa 2 de Bolsonaro".
Em abril de 2020, o policial postou outra foto, dessa vez com a frase "Eu era 100% Bolsonaro, mas depois de hoje decidi ser 200%".
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Entre as personalidades que demonstraram indignação estão os pré-candidatos à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT), o senador Renan Calheiros (MDB-AL), o senador Randolfe Rodrigues (Rede Sustentabilidade), e o ex-juiz Sérgio Moro.
Em seu Twitter, Lula lamentou o assassinato e se solidarizou com a família do guarda municipal.
"Nosso companheiro Marcelo Arruda comemorava o seu aniversário de 50 anos com a família e amigos, em paz, em Foz do Iguaçu. Filiado ao Partido dos Trabalhadores, sua festa tinha como tema o PT e a esperança no futuro; com a alegria de um pai que acabou de ter mais uma filha", escreveu.