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Diretor e subdiretor de presídio em Niterói são afastados

Afastamento acontece após ordenamento de transferência de delegado preso no local

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 20 de dezembro de 2022 - 17:18
Ex-delegado teria recebido privilégios na cadeira e usado contato com família para planejar coação de testemunhas
Ex-delegado teria recebido privilégios na cadeira e usado contato com família para planejar coação de testemunhas -

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) anunciou, nesta terça-feira (20/12), o afastamento do diretor e do subdiretor da Cadeia Pública Constantino Cokotós, no Centro de Niterói. Eles foram desligados após a ordem de transferência do ex-delegado Marcos Cipriano, que está preso na unidade e foi flagrado usando um aparelho celular na cela.

A transferência foi determinada pela Justiça na última segunda (19/12). Marcos Cipriano, preso em maio por acusações com um esquema ilegal de jogos de azar no Rio, foi registrado usando um telefone celular para se comunicar com sua filha e com sua esposa, a delegada Daniela dos Santos, que também é investigada por suspeitas de participação em um esquema de pirâmide financeira.

Nas conversas, Marcos teria manifestado interesse claro em coagir testemunhas e conseguir espaço na imprensa para produção de matérias 'negativas' contra a Gaeco e o MP-RJ. Segundo o documento com os registros levado a Justiça, ele também teria usado o contato para tentar descobrir os nomes do juiz e do promotor envolvidos no caso.

A pedido do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o ex-delegado será transferido para a Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, conhecida como Bangu 1. De acordo com a Justiça, há sinais de que o detento recebia visitas especiais e privilégios. Por conta disso, os diretores foram afastados.

Conforme indicado pela Seap, a Corregedoria da Secretaria ficará encarregada de dirigir a unidade prisional até que a apuração do caso termine. A defesa do detento expressou que considera as acusações de privilégio como "absolutamente inverídicas" e alegou que o MP-RJ estaria tentando "criminalizar opiniões extraídas de conversas privadas entre amigos e familiares, em um contexto de indignação quanto à fragilidade do depoimento da testemunha".

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