Niterói: Motorista de aplicativo que atropelou passageira está foragido
Vítima está internada em estado grave
Uma discussão entre um motorista por aplicativo e uma passageira que terminou em atropelamento, na última quarta-feira (15), no Fonseca, em Niterói, ganhou mais um capítulo.
Identificado pela polícia, o motorista já tem mandado de prisão temporária decretada desde quinta-feira (16), por tentativa de homicídio qualificado.
Segundo relatos de familiares, o motorista discutiu com as passageiras por conta de um desencontro no ponto marcado para o embarque, logo, no início da corrida. Com o desentendimento, em determinado momento, ele pediu que elas saíssem do carro.
Uma das passageiras pediu o cancelamento da corrida, mas ele se recusou a fazer o cancelamento – os aplicativos em geral cobram o valor da corrida quando o passageiro ou motorista cancelam a viagem.
Foi neste momento em que a vítima se colocou à frente do carro, na tentativa de impedir o motorista saísse do local sem o cancelamento do serviço. Ao ameaçar chamar a polícia, ele acelerou o carro, ela foi atingida nas pernas, parou embaixo do carro e foi atropelada pelo motorista que não prestou atendimento e foi embora.
Médica veterinária, de 45 anos, ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para o Hospital Samcordis, que fica em São Gonçalo. Segundo a também irmã da vítima – que é medica –, ela está em estado grave, no CTI, tendo quebrado duas costelas, perdeu parte das vísceras como o fígado e um dos ovários, tendo ainda hemorragias difíceis de serem contidas. No momento, ela respira por aparelhos.
Considerado foragido, o motorista de 52 anos, morador de Maricá, teve prisão decretada, mas agentes da polícia civil ainda não conseguiram encontrá-lo.
Em nota, a Uber informou estar à disposição das autoridades para auxiliar nas investigações.
"Segurança é uma prioridade para a Uber e inúmeras ferramentas atuam antes, durante e depois das viagens para torná-las mais tranquilas, como, por exemplo: o compartilhamento de localização, gravação de áudio, detecção de linguagem imprópria no chat, botão de ligar para a polícia, entre outros”.
O caso foi registrado na 78ª DP, no bairro do Fonseca.