Pizza teria sido motivo da briga que matou torcedor perto do Maracanã
Policial penal teria ido buscar arma e retornou ao lugar da briga para disparar contra Thiago e seu amigo
O torcedor do fluminense e ex-cinegrafista da Globo, Thiago Leonel Fernandes da Motta, de 40 anos, morto em um bar nas proximidades do Maracanã após o FlaXFlu deste sábado (1), teria sido assassinado por causa de uma pizza.
Thiago teria se envolvido em uma discussão com o policial penal Marcelo de Lima, no Bar do Renato, localizado na Rua Isidro de Figueiredo, na Tijuca, por conta das últimas pizzas disponíveis para venda.
O policial penal, que segundo testemunhas estava bêbado, teria tentado tomar as pizzas de Thiago, alegando que elas seriam dele. Depois que a confusão se instaurou, Marcelo teria ido buscar sua arma, e quando voltou disparou contra o ex-cinegrafista da Globo e um amigo, Bruno Tonini Moura.
“Tem o Bar do Renato ali no Maracanã que vende uma pizza brotinho muito boa. Então, só tinham 2 pizzas e meus amigos pegaram primeiro. Aí apareceu esse monstro bêbado e tentou tomar a pizza do meu amigo e rolou uma confusão. Muita covardia. Esses caras andam armados e acham que podem tudo”, disse um amigo de Thiago.
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Bruno está internado na UTI do Hospital Badim, no Maracanã, após ter passado por cirurgia. Já Thiago faleceu no local. O acusado foi preso em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil e por tentativa de homicídio.
Além de cinegrafista, Thiago era fotógrafo, sambista e um dos criadores do Samba Pra Roda. O grupo faria uma apresentação neste domingo (2), que foi cancelada.
“Seu coração era tão grande quanto seu amor ao Fluminense. Como cinegrafista de novelas da TV Globo, Motoca nos brindou com imagens inesquecíveis. Sempre no anonimato. Ontem, em vez de ser coadjuvante, ele virou protagonista de uma cena com final trágico. Um tiro no coração de todos nós. Nosso papel, mesmo de mãos atadas, é agradecer a você por tudo e cuidar de quem fica por aqui”, publicou um outro amigo da vítima, Bruno Lousada.
O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Além da investigação realizada pela Polícia Civil, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que abrirá um Procedimento Disciplinar Administrativo contra Marcelo e que repudia a ação do servidor.