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Após ameaça de massacre, segurança é reforçada em escolas

Governo federal e PM atuam na segurança contra ataques escolares

relogio min de leitura | Escrito por Sofia Miranda | 10 de abril de 2023 - 13:28
PM segue reforçando a segurança em São Gonçalo
PM segue reforçando a segurança em São Gonçalo -

Após ameaças de ataques em escolas no Rio de Janeiro, prefeituras, redes de ensino e Polícia Militar estão reforçando a segurança das unidades de ensino.  

A medida acontece em meio a uma tensão de pais e responsáveis de alunos, uma vez que, recentemente, o País testemunhou dois ataques a escolas que deixaram mortos e feridos, sendo um deles a uma creche em Blumenau, que vitimou quatro crianças.  

Leia mais: Suposto aviso do CV proibindo 'brincadeiras' sobre chacinas circula nas redes

 Neste domingo último domingo (09), uma mensagem enviada através das redes sociais endereçava o ataque ao Colégio Estadual Santos Dias, em São Gonçalo e estava intencionado para acontecer na próxima terça-feira (11). Após a exposição das ameaças, a Prefeitura se pronunciou através de nota, afirmando mudança na rotina escolar, parte das escolas não aceitarão visitas durante a semana e os portões estão mantidos fechados.  

Com medo, muitos pais relataram que nesta semana estão evitando mandar seus filhos às escolas.   

Comunicado da Prefeitura de São Gonçalo
Comunicado da Prefeitura de São Gonçalo |  Foto: Divulgação
 

 Veja também: Colégio em Neves recebe ameaças de massacre para próxima terça

Outra ameaça de ataque à escola na Gávea, Zona Sul do Rio, também causou alarde nos últimos dias. Por meio de áudio no Whatsapp, suposto autor das ameaças alegou que o ataque estaria agendado para esta segunda-feira (10), em áudio, afirmou ter como potenciais vítimas todos que estivessem presentes, inclusive diretores da unidade, como garantia de fuga. Após a denúncia do suposto ataque, a Polícia Militar afirmou, por meio da assessoria ‘’O Serviço de Inteligência da Corporação segue monitorando e buscando dados para identificar os autores das mensagens que circulam em aplicativos de troca de mensagens.’’ Em nota, a PM também afirmou reforçar o patrulhamento nos arredores da unidade escolar, nesta segunda-feira (10).   

Agentes da Segurança Presente reforçam o patrulhamento nas escolas nesta segunda-feira.
Agentes da Segurança Presente reforçam o patrulhamento nas escolas nesta segunda-feira. |  Foto: Divulgação
 

Onda de casos  

Segundo o bacharel em direito e especialista em Segurança Pública da UFF, Erivelton Lopes, o investimento em monitoramento em tempo real nas escolas é uma medida necessária para a segurança mais efetiva contra os ataques. 

“Os acessos aos locais de ensino devem ser monitorados em tempo real, a gravação de vídeo sem monitoramento real, serve apenas para uma prova processual, então, evitar efetivamente uma tragédia, um massacre, é preciso investir em planos reais de segurança.’’ 

Quanto às medidas adotadas pelas instituições educacionais, Erivelton Lopes acrescentou. "Agora as instituições não podem medir esforços na prevenção contra as eminências de ataques em suas repartições. A atenção principal é nos acessos, o rigor nas identificações é essencial, todos devem ser identificados e qualificados antes de acessarem os interiores das escolas. Pais e familiares precisam atualizar os dados nas escolas, e de forma prioritária, informar imediatamente qualquer tipo de mudança na autorização para buscar os alunos (filhos) à direção escolar.’’ 

Os casos de fake news que estão crescendo junto com os ataques reais, contribuem para a instalação do clima de medo entre as famílias e a comunidade escolar. Algumas das ameaças são falsas e embora não existe uma determinada pena para o crime tipificado de fake news, quem propagar notícias falsas corre o risco de responder legalmente. 

Segundo o advogado Alex Braz, “ ato de espalhar boato ou mentira  a respeito de alguém ou algo, não significa impunidade, ou seja, quem espalha notícias falas a respeito de alguém ou algo, responderá criminalmente, pois existe na legislação penal diversas previsões que se encaixam nas hipóteses de quem cria e de quem compartilha fake News, exemplo: os chamados crime de honra, que estão ligados as mentiras, boatos, que são: calúnia – dizer que uma pessoa cometeu um fato previsto como crime (art. 138CP); difamação – dizer algo ofensivo e reputação de uma pessoa (art. 139 CP); injúria – ofender a dignidade, honra de alguém (art. 140 CP).''    

Estagiária sob supervisão de Marcela Freitas *

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