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Mulher é presa por homofobia após agredir filho adolescente no Rio

Mãe descobriu que o jovem de 16 anos mantinha relacionamento homoafetivo ao encontrar troca de mensagens com um homem em seu celular

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 31 de maio de 2023 - 14:43
A mãe ainda proferiu ofensas contra o pai idoso e desacatou policiais civis ao ser conduzida para a 26ª DP (Todos os Santos)
A mãe ainda proferiu ofensas contra o pai idoso e desacatou policiais civis ao ser conduzida para a 26ª DP (Todos os Santos) -

A Polícia Militar prendeu uma mulher por homofobia, após agredir o próprio filho, de 16 anos, ao descobrir que ele mantinha um relacionamento homoafetivo. A mãe ainda proferiu ofensas contra o pai idoso e desacatou policiais civis ao ser conduzida para a 26ª DP (Todos os Santos). O caso aconteceu no último domingo (28), no bairro de Todos os Santos, na Zona Norte do Rio.

Segundo as investigações, a mulher pegou o celular do adolescente e descobriu que ele estava trocando mensagens com um homem. A mãe então começou a ameaçar e espancar o jovem com um cabo de vassoura e ele fugiu para a casa dos avós.

Ao descobrir seu paradeiro, a mulher foi até o local e agrediu o filho enquanto o chamava de "viado imprestável".

A presa também ofendeu o próprio pai, que havia acolhido o adolescente, o chamando de "velho" e "parasita". O avô do jovem foi quem acionou a PM e os agentes do 3º BPM (Méier) a conduziram para a delegacia, onde ele apresentou queixa contra a filha, pelo crime de injúria qualificada, em razão da condição de pessoa idosa.

A mulher foi autuada e presa pelos crimes de racismo, com motivação homofóbica, injúria qualificada contra idoso, lesão corporal com violência doméstica e desacato contra os policiais civis. Segundo o delegado titular da distrital, Felipe Santoro, ela vinha impedindo o filho de ir para a escola e os avós maternos irão solicitar a guarda do adolescente.

"É triste a constatação de que, ainda nos dias atuais, hajam agressões de pais contra filhos em razão de orientação sexual (...) A prisão da mãe é essencial para garantir a liberdade do jovem, bem como seu desenvolvimento e sua tranquilidade psíquica, uma vez que a própria mãe estava impedindo o jovem de frequentar a escola e não aceitaria sua orientação sexual. Os avós maternos, pais da acusada, que acolheram o adolescente, pretendem solicitar a guarda do menor", disse o delegado Felipe Santoro.

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