Justiça bloqueia perfis de acusadas de racismo em SG
Além do bloqueio, influenciadoras digitais também estão proibidas de criar novas contas, com multa diária de R$ 5 mil
A Justiça do Rio de Janeiro acolheu um pedido de liminar feito pelo deputado estadual Vitor Junior para o bloqueio dos perfis das influenciadoras Nancy Gonçalves e Kerollen Cunha nas redes sociais. As duas estão sendo investigadas por racismo após a divulgação de vídeos em plataformas digitais onde oferecem objetos como uma banana, um macaco de pelúcia e dinheiro a crianças negras em São Gonçalo.
Além do bloqueio, as influenciadoras estão proibidas de criar novos perfis nas redes sociais, sob pena de multa diária de R$ 5 mil. Recurso é possível.
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Relembre o Caso
Kérollen e Nancy, que são mãe e filha, chegaram a publicar vídeos nas redes sociais em que aparecem entregando um macaco de pelúcia e uma banana para duas crianças negras. Logo após a publicação, elas apagaram os conteúdos.
A investigação começou após a denúncia feita pela especialista em direito antidiscriminatório Fayda Belo, que gravou um vídeo expondo o caso. Segundo a advogada, as influenciadoras praticaram racismo recreativo, que ocorre quando uma atitude de discriminação é feita para promover diversão.
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De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, até o momento o órgão recebeu mais de mil denúncias relacionadas ao caso. Em nota, o MP afirmou que está apurando a conduta das influenciadoras e que está estudando as medidas cabíveis.
Nas redes sociais, as influenciadoras afirmaram que não tinham a intenção de fazer qualquer referência a temáticas raciais ou discriminar minorias.