MPRJ e Polícia Civil cumprem mandados contra estelionatários
O objetivo é cumprir 4 mandados de prisão contra pessoas denunciadas por estelionato e 46 de busca e apreensão
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 3ª Promotoria de Investigação Penal territorial de Duque de Caxias, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e a Polícia Civil, por meio da 62ª DP (Imbariê), deflagram, na manhã desta quarta-feira (14/06), a operação Casa de Papel. O objetivo é cumprir 4 mandados de prisão contra pessoas denunciadas por estelionato e 46 de busca e apreensão em endereços ligados aos criminosos.
O MPRJ ofereceu denúncia contra 20 pessoas envolvidas por estelionato e associação criminosa em um esquema de fraude na compra de imóveis. Os mandados estão sendo cumpridos na Barra da Tijuca, Recreio, Bangu, Centro/RJ, Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo, entre outros bairros e municípios. Os pedidos da Promotoria foram deferidos pelo juízo da 3ª Vara Criminal de Duque de Caxias.
De acordo com a denúncia, o grupo utilizava as empresas Cooperativa Habitacional Fênix e Mesbla Investimentos e Consultoria Ltda., de fachada, para dar credibilidade ao golpe. Em um dos casos, a vítima foi atraída por um anúncio nas redes sociais referente a um imóvel em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no valor de R$ 35 mil. Ao entrar em contato como número de telefone informado no anúncio, a vítima foi orientada a comparecer em um escritório no bairro de Ipanema, na Zona Sul do Rio, para obter mais informações sobre possibilidade de financiamento.
Devidamente organizados em suas funções, os criminosos induziram a vítima a contratar um financiamento para a aquisição do imóvel. Acreditando na idoneidade da proposta, a vítima contratou um empréstimo no valor de R$ 35 mil, a serem pagos em 48 parcelas de R$ 600, além de R$ 1.500 referentes à taxa de admissão na cooperativa. Após realizar o pagamento e apresentar o comprovante para uma das supostas funcionárias da cooperativa, a vítima chegou a fazer uma visita ao imóvel, ocasião em que conheceu uma mulher que se apresentou como proprietária do imóvel. A vítima somente percebeu que havia caído em um golpe após o prazo de 30 dias para a imissão de posse do imóvel.
Foram denunciados por estelionato João Paulo e Bernardo, respectivamente sócio-diretor da Cooperativa Habitacional Fênix, e sócio administrador da Mesbla Investimentos e Consultoria. Embora não participassem ativamente das funções da associação criminosa, emprestaram seus nomes para que pudessem ser constituídas, assim colaborando com o crime; Marcelo Jorge e Hithler Diego, gestores da Cooperativa Casa Habitacional Fênix; e Andreza Christie, sócia-presidente.
Foram denunciados pelo crime de organização criminosa Daywison John, gerente geral; Gleice Kelly Lima Martins, gerente das empresas; José Victor Sena da Silva, Diogo Braga da Silva Oliveira, Thais de Almeida Martins, Natanael de Oliveira da Silva, Thales Nascimento da Silva, Larissa Silva de Oliveira e Everton da Cruz da Silva, chefes das equipes de telemarketing; Lorrane Estevão Gonçalves da Silva, gerente de telemarketing; José Roberto Nascimento Souza, ex-chefe de equipe; Bianca do Parto Ramos e Graziele Fernanda da Silva Ramos, membros do Conselho de Administração; e Renata Cristina Moura Reis e Jessiane Gomes da Silva, exerciam função na administração das empresas.