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Moradora morre baleada em confronto policial na Zona Norte

Segundo relatos de testemunhas, os disparos teriam sido feitos pela PM. A ação aconteceu na comunidade do Turano, no Rio Comprido

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 15 de junho de 2023 - 17:40
Após o ocorrido, moradores bloquearam duas ruas da região em protesto
Após o ocorrido, moradores bloquearam duas ruas da região em protesto -

Uma mulher foi morta e outra, possivelmente grávida, ficou ferida por estilhaços, após serem baleadas nesta quinta-feira (15), na Zona Norte do Rio de Janeiro. As vítimas estavam na Rua Joaquim Pizarro, uma das vias de acesso ao Morro do Turano, no Rio Comprido, quando foram atingidas. Segundo relatos dos moradores, os disparos teriam sido feitos por policiais militares.

A vítima foi identificada como Severina da Silva Nunes, de 69 anos. Ela foi socorrida para o Hospital Municipal Souza Aguiar, localizado no Centro do Rio, mas não resistiu aos ferimentos. A segunda mulher foi atingida por estilhaços e também foi levada para a mesma unidade de saúde.


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Vídeos compartilhados nas redes sociais pelos moradores mostram a indignação da comunidade, afirmando que os disparos partiram dos policiais militares. Nas imagens, uma moradora comentou: "Olha só, subiram atirando na comunidade. Subiram atirando com pessoas na rua. Olha aqui a cara de todo mundo. Olha o que eles fizeram! Acabaram de tirar a vida dessa senhora."

De acordo com a Polícia Militar, equipes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Turano foram atacadas por criminosos armados durante o policiamento na comunidade. Após o confronto, a vítima foi localizada e socorrida ao hospital no Centro, enquanto a segunda mulher foi ferida por estilhaços. A PM informou que foi aberto um procedimento na Corregedoria Geral da corporação para investigar as circunstâncias da ação que resultou na morte da moradora e no ferimento da segunda vítima.

Após o falecimento da moradora, populares realizaram um protesto bloqueando a Rua Bispo, no Rio Comprido, utilizando entulhos e pneus. A via permaneceu interditada até às 13h45. Na tentativa de conter os manifestantes, a polícia militar teria utilizado bombas de gás lacrimogênio em um dos acessos à comunidade, resultando na queda e necessidade de socorro de um morador. Além disso, na Rua Citiso, os manifestantes viraram uma lixeira e incendiaram restos de móveis. 

A Secretaria Municipal de Educação informou que as duas unidades de ensino na comunidade tiveram suas atividades suspensas durante os turnos da manhã e da tarde. Por outro lado, as unidades de saúde estão operando normalmente, conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

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