Polícia procura PM 'Sem alma', apontado como líder de grupos de extermínio no RJ
Foragido seria um dos líderes de novo 'escritório do crime', com ligação em cinco execuções, sendo duas delas de policiais
O Disque Denúncia-RJ criou uma campanha, para que população possa ajudar com informações sobre o policial militar Rafael do Nascimento Dutra, o Sem Alma, apontado como líder de um grupo de extermínio que atua no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, pelo menos cinco mortes seriam de autoria do grupo, que já vem sendo chamado de 'novo escritório do crime'. Entre as execuções, constam duas de policiais - um policial civil um penal - segundo investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
O Disque Denúncia, divulgou, nesta quarta-feira (19), um cartaz para ajudar um inquérito instaurado pela DHC, a fim de obter informações que levem ao paradeiro do policial militar Rafael do Nascimento Dutra, Lotado no Batalhão de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo as investigações, ele está à frente de um grupo de assassinos de aluguel.
Segundo a polícia,ele, inclusive, ganhou o apelido de “Sem Alma”, devido ao comportamento cruel, e não foi encontrado em sua casa, após uma operação realizada pela Delegacia de Homicídios, na manhã de ontem, terça-feira (18). Caso não seja encontrado, será considerado desertor pela Polícia Militar/RJ.
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A DHC aponta Dutra como o chefe da quadrilha, graças à investigação do assassinato do miliciano Marco Antônio Figueiredo Martins, o Marquinho Catiri, em novembro do ano passado. As investigações relevaram que o PM planejou a morte de Catiri por um ano, e utilizou-se de câmeras, e até um drone para acompanhar a rotina do miliciano.
Ao menos mais quatro assassinatos podem estar ligados a um novo "escritório do crime" que atua no Grande Rio, segundo investigação da especializada. Os investigadores dizem que uma perícia feita nos fuzis usados no assassinato revelou que as armas também foram utilizadas em pelo menos outros dois crimes. o assassinato do inspetor da Polícia Civil João Joel de Araújo, em maio do ano passado, em Guaratiba; e a execução, um mês depois, de Tiago Barbosa, na Via Light, em Nova Iguaçu.
A DHC também investiga se mais dois assassinatos estariam ligados ao grupo de Sem Alma. Em abril, Fernando Marcos Ferreira Ribeiro, de 41 anos, foi assassinado a tiros na Tijuca. A outra execução foi no mês passado. O ex-chefe de segurança de um dos presídios do Complexo Penitenciário de Bangu, o inspetor penal Bruno Kilier da Conceição Fernandes, de 35 anos, foi morto no Recreio dos Bandeirantes.
Dois integrantes do grupo de Sem Alma, já foram presos: José Ricardo Gomes Simões, em março deste ano; e George Garcia de Souza Alcovias, em dezembro do ano passado, quando tentava fugir para o Paraguai.
Contra Rafael Nascimento Dutra, foi expedido um Mandado de Prisão, pela 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital, pelo crime de Homicídio Qualificado (Artigo 121, § 2º CP), com pedido de prisão preventiva.
Denuncie a localização do criminoso de Sem Alma, de forma anônima, ao Disque Denúncia:
Central de atendimento: (021) - 2253 1177 ou 0300-253-1177
WhatsApp Anonimizado: (021) – 2253-1177 (técnica de processamento de dados que remove ou modifica informações que possam identificar uma pessoa)
Aplicativo: Disque Denúncia RJ
O anonimato é garantido.