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PF faz buscas em Niterói contra militar ligado a Bolsonaro

Alvos da 'Operação Lucas 12:2' são acusados de vender, ilegalmente, presentes oficiais recebidos pelo governo do Brasil

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 11 de agosto de 2023 - 09:10
Além de Niterói, estão sendo cumpridos mandados em Brasília e em São Paulo
Além de Niterói, estão sendo cumpridos mandados em Brasília e em São Paulo -

A Polícia Federal cumpre quatro mandados de busca e apreensão, nesta sexta-feira (11), sendo um deles em Niterói. Os quatro alvos das buscas são militares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, acusados de vender ilegalmente presentes recebidos pelo governo de autoridades estrangeiras.

De acordo com a TV Globo e a GloboNews, os alvos seriam: o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel do Exército Mauro Barbosa Cid; o pai dele, o general do Exército Mauro César Lourena Cid; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército Osmar Crivelatti; e o advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro e familiares em processos na Justiça.


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A Operação Lucas 12:2 tem o objetivo de esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Além de Niterói, estão sendo cumpridos mandados em Brasília e em São Paulo.

Os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior.

Os valores obtidos dessas vendas teriam sido convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas intermediárias e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores. Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais” em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). Os mandados desta sexta (11) foram autorizados pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

O nome da operação é uma alusão ao versículo 12:2 da Bíblia, que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido “.

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