Justiça nega prisão de agentes da PRF envolvidos em morte de criança
Policiais foram afastados das funções e terão de manter distância da família da vítima
A Justiça Federal negou uma ação do Ministério Público Federal (MPF) que pedia pela prisão dos três agentes da Polícia Rodoviária Federal envolvidos na morte de Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, baleada na cabeça por um disparo da Polícia no Arco Metropolitano, na Baixada Fluminense.
O órgão entrou na última sexta-feira (15/09) com um pedido de prisão preventiva para o policial que confessou ter efetuado o disparo, Fabiano Menacho Ferreira, e para seus colegas de farda Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva. Apesar da negativa, a 1ª Vara Criminal Federal determinou que os agentes cumpram algumas medidas cautelares.
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O trio de suspeito deverá continuar afastado de suas funções na corporação e estão proibidos de se aproximarem de familiares de Heloísa. Além disso, a determinação judicial também requer que eles usem tornozeleira eletrônica e entreguem suas armas pessoais.
Heloísa morreu no último sábado (16/09), após passar nove dias internada por conta do disparo que a atingiu na cabeça. Ela foi baleada durante uma abordagem policial na região. O policial Fabiano Menacho confessou ter efetuado o disparo que atingiu a menina, alegando ter escutado barulho de tiro vindos da direção do carro onde a criança estava.
Enquanto a menina estava internada no Hospital Adão Moreira Nunes, em Duque de Caxias, agentes da PRF estiveram no local. Segundo a família, pelo menos 28 deles estiveram por lá para intimidar a família. , que esteve no local, já tinha em seu histórico acusações de ameaça e injúria.