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Mulher de motorista morto no Caramujo nega que ele descumpriu as 'leis' do tráfico

"Estão dizendo que meu esposo não ligou o pisca alerta e que não abriu os vidros, é mentira", diz viúva de Renan

relogio min de leitura | Escrito por Renata Sena | 25 de setembro de 2023 - 14:39
Crime aconteceu na tarde de sábado no Caramujo e é investigado pela polícia
Crime aconteceu na tarde de sábado no Caramujo e é investigado pela polícia -

"Estão dizendo que meu esposo não ligou o pisca alerta e que não abriu os vidros, é mentira! Meu marido era trabalhador, alegre, estava sempre sorrindo. Adorava fazer as coisas dele e vivia intensamente. Quem tirou a vida dele foi um covarde, pois o carro estava todo aberto, o alerta ligado… isso é mentira. Ele estava acostumado a trabalhar em aplicativo e entrar nesses lugares. O que fizeram com ele foi covardia”.

Ainda muito abalada, Thaís de Araújo Abreu, viúva de Renan Martins Sodré, de 34 anos, - motorista de aplicativo, executado no último sábado (23), no Caramujo, em Niterói, enquanto trabalhava-, uniu forças e gravou um vídeo para explicar que as ‘acusações’ feitas por criminosos, que divulgaram um texto para justificar o crime, eram falsas. 


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Segundo informações, bandidos teriam atirado na vítima, pois ele não teria cumprido as ‘leis’ do local, contudo, segundo testemunhas, o homem estava com vidros abertos e pisca ligado, contrariando o texto divulgado. 

“Isso foi um bandido safado que acha que manda em tudo que é lugar. Eles não têm amor nem a própria vida. Ele acabou com minha família. Eu tenho uma filha de 14 anos que está em choque. Uma pequenininha, de cinco anos, que nem sabe ainda e eu nem sei como falar isso para ela. E eles querem botar a culpa porque ele não ligou o pisca alerta e isso é mentira!”, disse a viúva. 


Autor: Marcela Freitas | Descrição:

Renan, segundo amigos, estava se preparando para comemorar os 15 anos da primogênita. Apontado como um homem feliz, a morte prematura do trabalhador causou comoção na internet e revolta na classe profissional. 

“Está cada dia mais difícil trabalhar para levar o sustento para casa. No asfalto a gente é assaltado, na favela a gente leva tiro”, desabafou Carlos Souza, 39 anos, que também trabalha como motorista de aplicativo.  

O profissional, que deixou esposa e duas filhas, foi enterrado no último domingo (24), no Cemitério Parque da Paz, no Pacheco, em São Gonçalo. 

Segundo informações, bandidos teriam atirado na vítima, pois ele não teria cumprido as ‘leis’ do local
Segundo informações, bandidos teriam atirado na vítima, pois ele não teria cumprido as ‘leis’ do local |  Foto: Divulgação

“Eu quero justiça. Ajudem a gente a achar esse infeliz que fez essa maldade com meu esposo. Ele tirou de mim meu esposo, meu amigo, meu companheiro e um paizão. Todo mundo gostava dele e se alegrava com ele. Ele fazia a alegria de todo mundo. Eu só peço justiça”, finalizou Thaís. 

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