Mandante da morte de juíza em Niterói vai para prisão domiciliar
Ex-tenente-coronel da PM, Cláudio Luiz Oliveira, recebeu o benefício e terá que cumprir o restante da pena em sua casa em Duque de Caxias
O ex-tenente-coronel da Polícia Militar Cláudio Luiz Silva de Oliveira, condenado a 34 anos e seis meses de prisão pela morte da juíza Patrícia Acioli, em 2011, recebeu autorização da Justiça do Rio de Janeiro para cumprir a pena em prisão domiciliar. Cláudio foi julgado em 2014 e já estava em regime semiaberto desde 22 de maio de 2023.
O ex-PM, expulso da corporação somente em maio de 2023, mais de 11 anos após o crime, deixou o Presídio Constantino Cokotos, em Niterói, região metropolitana do Rio, nesta 2ª feira (6.nov). Ele vai cumprir o restante da pena em casa, em Duque de Caxias.
Na decisão, o juiz Marcel Laguna Duque Estrada, da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Estado, determinou que o ex-policial deve utilizar tornozeleira eletrônica e não pode sair de casa das 22h às 6h. Cláudio também está proibido de sair do domicílio nos dias de folga e nos fins de semana, caso não esteja trabalhando.
Na época comandante do 7°BPM (São Gonçalo), o ex-oficial foi apontado pela Justiça como o mandante do crime contra a juíza Patrícia Acioli. Ele foi condenado a 34 anos e seis meses de prisão pelos crimes de homicídio qualificado e associação criminosa.
Como foi - A juíza Patrícia Acioli, então titular da 4ª Vara Criminal de SG, foi morta com 21 tiros, no dia 11 de agosto de 2011, quando chegava na porta de sua casa, no bairro de Piratininga, em Niterói. Ela foi responsável pela prisão de policiais do 7°BPM, acusados de integrar milícias e grupos de extermínio.
Onze policiais foram denunciados e condenados pela morte da juíza, incluindo o então tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira, que era comandante do batalhão na época e foi apontado como o mandante do assassinato.