Justiça converte em preventiva prisão de homem por morte da filha em Niterói
A perícia apontou que Aoulath Alyssah apresentava inúmeras lesões provocadas por ação contundente nas costas, no tórax, nos braços e na face
A Justiça do Rio de Janeiro manteve e converteu em preventiva a prisão de Ilias Olachegoun Adeniyi Adjafo pela morte da filha, de 8 anos, em Niterói. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (13) durante audiência de custódia.
De acordo com a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, Ilias torturou Aoulath Alyssah Rodrigues Damala com golpes de cinto.
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"Os fatos relatados no APF [Auto de Prisão em Flagrante] indicam que o custodiado agrediu, com repetidos golpes, de forma intensa e brutal, uma criança de 8 anos, que não tinha capacidade de autodefesa, assumindo o risco de causar o resultado morte. Resta evidenciada a gravidade concreta do delito e alta periculosidade do indiciado. Ao menos neste momento inicial, são insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão", declarou o juiz Alex Quaresma Ravache em sua decisão.
A perícia apontou que Aoulath Alyssah apresentava inúmeras lesões provocadas por ação contundente nas costas, no tórax, nos braços e na face.
Segundo um advogado que acompanhava Ilias, o beninês “não soube controlar a raiva”. O defensor disse ainda que o pai estava chorando muito ao ser detido e se dizia “arrependido”.
A família é do Benin, na África, mas a menina teria nascido no Brasil e morava apenas com o pai.