Ex-deputado Domingos Brazão é apontado como mandante da morte de Marielle
Ex-policial Ronnie Lessa acusou o empresário e político em delação
A algumas semanas de completar seis anos, o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco ganhou um novo desdobramento nesta terça-feira (23). De acordo com informações do portal Intercept Brasil, o ex-policial Ronnie Lessa, acusado de executar o crime, apontou o ex-deputado e atual conselheiro do Tribunal de Contas da União Domingos Brazão como o mandante do assassinato.
Brazão, que também é empresário e foi deputado estadual no Rio por cinco mandatos consecutivos, teria ordenado a morte da vereadora para se vingar do também ex-deputado Marcelo Freixo. Marielle foi assessora de Freixo, que presidiu uma CPI que terminou citando indícios de que Brazão tinha ligações com a milícia no Rio.
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O conselheiro do TCU já havia sido citado em outros depoimentos relacionados ao atentado que tirou a vida da vereadora e do motorista que a acompanhava, Anderson Gomes. Em posicionamentos anteriores, ele sempre negou qualquer relação com o crime. A respeito das informações publicadas pelo Intercept nesta terça (23), o advogado de Brazão disse não ter conhecimento da delação e afirmou ter ouvido sobre a acusação através da imprensa.
O caso segue sendo investigado. Ainda de acordo com o Intercept, o Ministério Público, que já investigava Brazão, retomou as apurações de sua suposta ligação com a milícia.