Falso motorista de app é preso por tentativa de estupro em Niterói
Suspeito já foi aliado de Nem da Rocinha e teria tentado extorquir vítima
Um motorista de aplicativo foi preso, na noite deste domingo (04), acusado de uma tentativa de estupro e extorsão contra uma passageira no Largo do Barradas, em Niterói. O acusado já estava em regime semiaberto por outros crimes; em 2010, ele foi preso após ser apontado como um dos principais aliados de Nem da Rocinha, um dos criminosos mais procurados do Rio na época.
A vítima estava numa corrida de aplicativo em direção à Engenhoca. Segundo ela, o motorista, teria se recusado a deixá-la descer no destino, pedindo um valor muito maior do que o previsto no aplicativo. A corrida custou 46 reais, mas o motorista teria exigido que ela pagasse R$ 75 pela viagem e mais R$ 200 para pagar danos no veículos, supostamente causados pelas chuvas deste domingo.
Leia também:
➢ Funcionário de empresa de energia é preso após furto de fios em São Gonçalo
➢ PM é preso acusado de roubos em série
Ele teria, ainda, trancado as portas do carro e seguido da Engenhoca para o Largo do Barradas, onde moradores e pedestres teriam flagrado o crime e detido o veículo. Uma equipe da Guarda Municipal que atuava na região informou ter sido informada por populares a respeito de uma tentativa de estupro. Os agentes, então, capturaram o suspeito e o encaminharam para a 78° DP (Fonseca).
Lá, foi constatada a identidade do homem, que estava usando um cadastro falso no aplicativo com o nome e a foto de outra pessoa. Os policiais informaram que ele já estava cumprindo pena por outros crimes e que tem no histórico homicídio, roubo e trafico de drogas. Ele estava há menos de um ano fora da cadeia.
Ainda na Delegacia, o criminoso passou mal e foi levado para o Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, mas foi liberado da unidade após receber atendimento. Ele voltou para a 78° DP, onde permanece preso, à disposição da Justiça.
Quando foi capturado, em 2010, ele era apontado como o terceiro na hierarquia da facção criminosa que liderava o tráfico de drogas na Rocinha, Zona sul do Rio. Ele era, supostamente, braço direito de Nem e também chefiava o tráfico no Morro da Conceição, em Niterói. Ele foi preso alguns meses após participar de uma invasão criminosa ao Hotel Intercontinental, em São Conrado, no Rio, em que 35 pessoas foram feitas reféns por um grupo de traficantes.