Acusado de matar cantora trans em São Gonçalo é preso
O acusado seria ex-funcionário de um antigo mercado que funcionava entre a casa de Amanda e o local onde ela foi encontrada morta
Um homem acusado de ter assassinado a facadas a cantora transexual Amanda de Souza Soares, de 23 anos, na última quinta-feira (01), no Jardim Nova República, em São Gonçalo, foi preso na noite desta quarta-feira (07), também em São Gonçalo. Ele confessou o crime.
Marlon Nascimento da Silva, de 26 anos, seria ex-funcionário de um antigo mercado que funcionava entre a casa de Amanda e o local onde ela foi encontrada morta. Segundo as investigações, eles se conheciam desde a adolescência e mantinham uma relação em sigilo.
Para a polícia, o crime foi premeditado, pois o acusado ligou para a vítima e marcou o encontro. No local, após eles se relacionarem sexualmente, Amanda foi morta. Na casa do suspeito, foi encontrada uma roupa suja de sangue.
Familiares da vítima foram informados sobre a prisão na manhã desta quinta-feira (08), e informaram não conhecer o acusado. Ele possui um mandado temporário de prisão.
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"Apesar dele ter trabalhado perto eu não conhecia. Mas, não sei se a Amanda o conhecia”, informou um familiar.
Agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo realizaram diligências na manhã desta quinta-feira para entender detalhes do crime. O que motivou o acusado a cometer o assassinato ainda não foi divulgado.
O acusado seguirá prestando esclarecimentos em sede policial e logo após será transferido ao sistema prisional do Estado do Rio de Janeiro.
Recordando
O corpo de Amanda, também conhecida pelo nome artístico de Mandy Gin Drag, foi encontrado em um terreno baldio próximo do condomínio onde ela morava. Segundo a Polícia Militar, agentes do 7° BPM (São Gonçalo) foram acionados para a ocorrência e encontraram a vítima já morta ao chegaram no local. O Corpo de Bombeiros removeu o cadáver e a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSG) registrou o crime.
Informações iniciais da delegacia indicam que, pouco antes de morrer, durante a madrugada, Mandy recebeu uma ligação e saiu de casa às pressas. Uma câmera de segurança do condomínio onde morava chegou a registrar a vítima saindo por volta das 2h30 da madrugada.
A suspeita é de que Amanda tenha sido vítima de transfobia. Na tarde da última sexta (02), representantes do Centro de Referência LGBTI+ de São Gonçalo estiveram na DHNSG para cobrar às autoridades policiais por rapidez nas investigações.
Além de ser cantora e se apresentar como drag queen, Amanda também era passista na Acadêmicos do Cubango e na Magnólia Brasil, escolas de samba localizadas em Niterói. Seu corpo foi velado e sepultado na tarde do último sábado (03), no Cemitério Parque da Paz, no Pacheco, em São Gonçalo.