Assassino de cantora trans acompanhou de perto trabalho da polícia
Acusado voltou ao local do crime quando corpo da jovem era retirado
Apesar de falar de arrependimento em seu depoimento o homem acusado de ter assassinado a facadas a cantora transexual Amanda de Souza Soares, de 23 anos, na última quinta-feira (01), acompanhou o trabalho da polícia e a dor da família no momento em que o corpo da jovem foi encontrado no Jardim Nova República, em São Gonçalo.
Marlon Nascimento da Silva, de 26 anos, que trabalha como repositor em um mercado, foi preso na noite da última quarta-feira (07) e pode ser indiciado por feminicídio. Ele confessou o crime à polícia, sem esclarecer o que o motivou a tal barbárie.
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Contudo, moradores da região afirmam, chocados, que o jovem estava presente na cena do crime ao longo de todo o tempo que a polícia periciava o local. Nem a dor da família sensibilizou o autor do homicídio, que, do canto, acompanhou o início das investigações da polícia para tentar chegar até ele.
Segundo o delegado responsável pela investigação, o criminoso e a Amanda se conheciam desde a adolescência e mantinham uma relação que ele queria que fosse em sigilo.
"Ele foi preso pelo mandado de prisão temporária. Mas, apesar da motivação não ter sido falada às claras por ele, ele confessou ter vergonha de se relacionar com ela. Isso pode, inclusive, ser colocado como feminicídio, já que eles tinham uma relação afetiva. E é o que eu estou estudando fazer. Temos muitas provas para comprovar a autoria, além da confissão dele", afirma o delegado Pedro Henrique Neves
.
A investigação da polícia descobriu que o celular da vítima foi quebrado e jogado dentro de um rio. Porém, mesmo sem o aparelho, os agentes conseguiram provas o suficiente para indiciar o repositor.