Presidente do PL, partido de Bolsonaro, é preso pela PF
Valdemar Costa Neto foi capturado em flagrante por porte de arma ilegal
Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), foi preso em flagrante por posse ilegal de arma nesta quinta-feira (08) por agentes da Polícia Federal (PF). O político era um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, que mira assessores e militares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e acusados de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado. Um morador de Icaraí, em Niterói, também foi alvo da ação.
A princípio, Valdemar não era um dos alvos de mandado de prisão procurados pelos agentes da Operação. No entanto, os policiais encontraram, durante as buscas na residência do político, uma arma de fogo com a documentação vencida. A arma estava registrada no nome do filho de Valdemar. Ele foi levado para a sede da Polícia Federal, em Brasília.
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Em nota, o vice-presidente do Partido, o deputado Capitão Augusto, disse que o partido segue com "confiança irrestrita" no político.
"Sublinhamos a importância dos princípios de ampla defesa e do contraditório, pilares essenciais de nosso Estado Democrático de Direito. Estamos confiantes de que, em tempo hábil, todas as questões serão devidamente esclarecidas. Valdemar Costa Neto conta com nosso apoio incondicional e confiança irrestrita. Sua liderança inspiradora e firme condução do Partido Liberal são inestimáveis. Sob sua orientação, o partido não apenas consolidou como o maior partido do Brasil, mas também se consolidou como um bastião de valores conservadores, representando uma voz poderosa para muitos brasileiros", disse, em nota, o deputado.
Outros políticos do PL foram alvo
Além de Costa Neto, a operação da PF também prendeu Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, e Marcelo Câmara, coronel do Exército e também ex-assessor especial do político. Outros nomes influentes ligados ao PL e à Bolsonaro foram alvos de mandados de busca e apreensão, como o ex-candidato à vice-presidência da República Walter Braga Netto e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno.
Ao todo, a PF cumpre 33 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares através da Tempus Veritatis em todo o país nesta quinta (08). Todos os investigados foram citados em inquéritos que apuram indícios de tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito durante a gestão de Bolsonaro.