Falsa biomédica é presa em clínica de estética no Alcântara
No local, a polícia ainda apreendeu medicamentos fora da validade
Uma estudante de biomedicina foi presa em flagrante por exercer ilegalmente a profissão, no Alcântara, em São Gonçalo. A prisão ocorreu nesta quarta-feira (27), depois que policiais da 74ª DP (Alcântara) investigaram uma denúncia sobre a profissional que, além de exercer atividades biomédicas, fazia procedimentos médicos na sala onde atendia, no Rosa Shopping, no ponto conhecido como Rua da Feira. No local, a polícia ainda apreendeu medicamentos fora da validade.
Segundo o delegado Márcio Esteves, titular da distrital, e responsável pela investigação que levou à prisão da acusada, ela é estudante do 7º período de biomedicina, mas se apresentava em redes sociais como biomédicas e mostrava em vídeos seu trabalho realizando procedimentos que só podem ser feitos por profissionais que possuem registro junto ao Conselho Regional de Biomedicina.
Leia também:
Comerciante é detido por venda enganosa no Mercado de Peixes de Niterói
Maricá promove Páscoa Encantada no Centro e em Itaipuaçu
Outra acusação é que a falsa profissional aplicava em suas pacientes produtos injetáveis e invasivos como vitaminas, anestésicos, enzimas, entre outros, em desacordo com as normas regulamentares do Conselho.
“Além dela ter sido encontrada realizando os procedimentos, encontramos medicamentos, que ela injetava em seus pacientes, fora da validade. Na plataforma de uma rede social ela aparece realizando os procedimentos estéticos e isso é privativo para quem tem o registro no Conselho Regional de Biomedicina. E, além disso, alguns procedimentos feitos por ela são privativos de médicos”, explicou o delegado.
A polícia destacou também que os clientes acreditavam que a acusada era qualificada para realizar os procedimentos, mas que o Conselho Regional de Biomedicina confirmou que ela não possui nenhum registro no órgão e que não era autorizada ou considerada habilitada para realizar os procedimentos.
A acusada foi autuada em flagrante pelos crimes contra saúde pública e se condenada pode ser penalizada com sentença que vão de 10 a 15 anos de prisão.
Defesa
A defesa da universitária argumentou que a estudante “só não está formada porque trocou de universidade e ficou puxando algumas matérias que a outra universidade não aceitou”. “Provavelmente até o meado do ano isso se resolva.”
Ainda segundo os advogados, “todos os serviços que ela exercia, ela tem certificação para fazer”.