PM intensifica repressão a furtos e a motos barulhentas em Niterói
As operações serão mais profundas na área do 12º BPM
As operações para combater roubos e furtos, a abordagem de motoqueiros que pilotam motos barulhentas e o combate sem tréguas ao tráfico de drogas foram intensificadas na área do 12º BPM (Niterói). A informação foi dada pelo coronel Leonardo Oliveira, que se reuniu, nesta terça-feira (28), com representantes dos moradores de Charitas e de São Francisco. A pedido das comunidades, ele prometeu reforçar o policiamento na madrugada, quando não há atuação dos policiais do programa Segurança Presente, e nos locais da orla marítima onde a população pratica esportes durante o dia e nos fins de semana.
Recém-chegado ao comando do 12º BPM, o coronel Oliveira conhece bem Niterói, onde já serviu em unidades da PM e no hospital da corporação. Ele comandava até o mês passado o 25º BPM (Cabo Frio), responsável pelo policiamento em sete municípios da Região dos Lagos. O coronel mostrou a importância de ações preventivas, inclusive com abordagens de suspeitos, para reduzir a incidência dos delitos que mais preocupam a população:
"Estamos ouvindo as comunidades para saber o que a sociedade quer. Mudamos a dinâmica do policiamento e criamos a operação antifurto. Recebemos muitas reclamações de furtos de bicicletas, de cabos de telefonia e em estabelecimentos comerciais. O uso indiscriminado de motos barulhentas, conduzidos por motoqueiros muitas vezes sem habilitação, é outro problema que incomoda a população e que vai merecer nossa atenção", prometeu o coronel.
Leia também:
➔ São Gonçalo se prepara para celebração de Corpus Christi
➔ Tubulação estoura e alaga parte de uma das principais ruas de São Gonçalo
Os moradores foram representados pela União de Síndicos de Charitas (USC) e pelo Centro Comunitário de São Francisco (CCSF). Com problemas em comum, os dois bairros pedem mais policiamento noturno, fiscalização dos flanelinhas que atuam em São Francisco e mais atenção com a orla marítima, onde acontecem muitas atividades esportivas todos os dias, sobretudo no fim de semana.
Marinice Machado, representante do CCSF, disse que é insuficiente o número de viaturas da 4ª Companhia do 12º BPM para patrulhar os bairros na madrugada, que facilita a entrada de traficantes e ladrões procedentes de comunidades vizinhas. As ruas mais problemáticas são a General Rondon (flanelinhas), Aimorés (gangs), Tapuias, Wadi Curi e Rui Barbosa.
"O furto de cabos ocorre na madruga nas ruas mais desertas", acrescentou Marinice. Hélio Teixeira, morador, representou os clubes de canoas havaianas: "Somente em Charitas, funcionam 14 clubes de canoas havaianas. As guarderias funcionam nos quiosques, habitualmente atacados por ladrões à noite. As guarderias já perderam muitos equipamentos furtados na madrugada", lamentou Teixeira.
Os moradores pediram atenção da PM para que traficantes de drogas fiquem distantes da comunidade da Portelinha, formada por trabalhadores que não aceitam a invasão do tráfico. Representantes da igreja ADVEC, presentes à reunião, pediram atenção do policiamento durante os cultos realizados na igreja, que chegam a reunir até cinco mil pessoas.
"Achei o novo comandante muito bem-intencionado, direto e muito interessado na aproximação com grupos da sociedade. Minha impressão é de que teremos um comando bem atuante, focando no combate aos pequenos delitos como também ao tráfico de drogas", concluiu Leonardo Fonte, da União dos Síndicos de Charitas.