Professora é presa em flagrante por injúria racial contra aluna de 8 anos no Rio
Profissional da rede municipal de ensino chamou a menor de “preta” e de “cabelo duro”; Ela foi presa em flagrante
Uma professora foi presa em flagrante após cometer racismo contra uma criança de 8 anos em uma escola da rede municipal, localizada no Catumbi, região central do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (7).
Em entrevista à CNN, a mãe da menina contou que a professora já havia realizado comentários preconceituosos contra a menor anteriormente. Ainda segundo a mãe, a criança foi chamada de “lixo” pela professora na última quarta-feira (5).
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No mesmo dia, a profissional mencionou que a menina fumava crack e arremessou uma bolinha de papel nela. A vítima já havia avisado a coordenação da escola sobre os episódios.
Após o ocorrido da última quarta-feira (5), a mãe da menina foi na escola fazer uma ata. No mesmo dia, ao chamar a patrulha, ela foi orientada a registrar uma ocorrência, o que fez no 6ª DP, na quinta-feira (6).
A menor voltou para as aulas na manhã da última sexta-feira (7). Por volta das 10h40, a menina foi conversar com a professora de sua prima, que estuda na mesma instituição, e comentou que a sua professora a havia chamado de “preta” e de “cabelo duro”.
Com isso, a prima da menina ligou para a tia, para informar sobre o que havia acontecido. Então, a mãe da menor acionou a polícia e foi até a escola.
Na escola, a professora disse estar passando mal, alegando pressão alta, e chegou a desacatar os agentes de segurança, além de tentar fugir deles.
Ao sair da instituição, a professora foi levada em uma viatura de escolta do Corpo de Bombeiros ao Hospital Municipal Souza Aguiar. Da unidade de saúde, ela e a mãe da vítima se deslocaram à 6ª DP para registrar uma ocorrência, mas foram encaminhadas à 19ª DP, onde a menor foi ouvida.
A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) informou em nota que “a mulher foi conduzida por policiais militares à delegacia, onde foi ouvida e autuada em flagrante pelo crime de injúria racial.” O caso foi encaminhado à Justiça.
A professora foi afastada de suas funções e uma sindicância foi aberta para apurar o caso, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação (SME) do Rio de Janeiro. A pasta apontou em nota que “os alunos e seus responsáveis foram acolhidos e receberam apoio da equipe gestora da escola”, e ressaltou que “qualquer forma de discriminação contra alunos é inadmissível, rigorosamente combatida e punida.”
A professora corre risco de ser demitida do serviço público ao terminar a apuração da ocorrência. A defesa da profissional ainda não se posiciou sobre o caso.