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'Caneta de óleo gringo': conheça a droga vendida por quadrilha presa no Rio

Droga foi encontrada em carga apreendida por policiais da 74ª DP (Alcântara), em ação contra delivery de entorpecentes no Rio

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 04 de julho de 2024 - 15:59
Dispositivo tem comércio e importação proibidos no Brasil
Dispositivo tem comércio e importação proibidos no Brasil -

Uma quadrilha acusada de realizar entregas de droga a domicílio no Rio foi desarticulada por agentes da 74ª DP (Alcântara) nessa quarta-feira (03) e, entre o material ilegal encontrado com o grupo, estavam algumas unidades de um entorpecente ainda não tão comum nas apreensões de drogas na região: a chamada "caneta de óleo gringo". 

A droga, que era comercializada pelo grupo em bairros de classe média e alta a 400 reais por unidade, é um tipo de cigarro eletrônico, ou vape, que funciona a base de um derivado da maconha. Ao invés dos óleos sintéticos ou derivados da nicotina, como no caso de outros vapes, a "caneta de óleo gringo" utiliza um óleo concentrado feito com cannabis para vaporização.


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Descartável, o aparelho também é conhecido informalmente como "Dabwoods", nome de uma das principais fabricantes estrangeiras  de vapes para cannabis. Por funcionar a partir da vaporização eletrônica de substância entorpecente, a "caneta" se encaixa como um dos dispositivos de comercialização proibida no Brasil, a partir da Resolução RDC nº 855.

Desde 2009, todos os dispositivos eletrônicos para fumar tem comercialização, importação, armazenamento, transporte e propaganda proibidos pela legislação brasileira. Segundo a resolução, os dispositivos representam riscos e impactos à saúde pública no país e, por isso, seu uso também é expressamente proibido em recintos coletivos fechados, público ou privado.

Quadrilha fazia delivery

Além da "caneta", a quadrilha capturada pela Polícia Civil nesta quarta (04) também comercializava outras drogas feitas a partir da maconha. Entre o material apreendido, estavam porções de haxixe - resina oleosa extraída a partir do broto da cannabis -e de skunk - variedade aromática de maconha manipulada em laboratório com maior efeito entorpecente sobre o sistema nervoso central.

Grupo atuava em bairros de classe média e alta no Rio
Grupo atuava em bairros de classe média e alta no Rio |  Foto: Divulgação/Polícia Civil

Além disso, o grupo também realizava entregas de MDMA, LSD e ecstasy, substâncias sintéticas de efeito psicodélico. Segundo a Polícia, a maior parte das ações do grupo acontecia entre a Zona Sul e Barra da Tijuca. Jovens de alto poder aquisitivo estariam entre os principais "clientes" do grupo criminoso, que tinha como base operacional um apartamento no Grajaú, Zona Norte do Rio.

Três homens acusados de atuar como entregadores de drogas e um suspeito por organizar a logística de tráfico do grupo foram presos. Cerca de sete quilos de droga foram apreendidas com ele, além de um veículo e telefones celulares.


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