Operação Ordo chega ao quarto dia e contabiliza 74 prisões
A megaoperação é uma parceria do Governo do Estado com concessionárias que prestam serviços públicos
A operação Ordo, que está sendo realizada na Zona Oeste do Rio, atingiu o quarto dia de atuação e já efetuou 74 prisões. A ação não tem data para encerrar, e atinge as 14 comunidades e tem o objetivo de coibir atividades econômicas ilegais que estão aumentando em áreas dominadas por organizações criminosas. Segundo o governo estadual, a intenção é asfixiar financeiramente os responsáveis pela exploração de energia, gás, internet, entre outros.
Os trabalhos foram ampliados pela segurança do Rio para mais quatro comunidades: Covanca, Jordão, Santa Maria e Bateau Mouche, que estão localizadas entre a Taquara e a Praça Seca, na Zona Oeste. Com base nas informações de inteligência da Polícia Civil, foi decidido aumentar o território do monitoramento, além do fechamento de centrais clandestinas.
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Em Vargem Pequena, na comunidade Fontela, a Polícia Civil encerrou as atividades de uma central ilegal. Os policiais encontraram material exclusivo da empresa Claro, como amplificadores e fonte. De acordo com as informações adquiridas pelas investigações, o estabelecimento era liderado pelo tráfico de drogas. Na última quinta-feira (19), ocorreu uma reunião entre os secretários de Segurança Pública, Victor dos Santos, da Casa Civil, Nicola Miccione, de Governo, André Moura, em conjunto com as empresas prestadoras de serviços para definirem a continuidade das ações.
Agentes do Batalhão de Ações com Cães (BAC), em uma ação realizada na própria quinta (19), encontraram um esconderijo que guardava mais de 2 mil munições, 20 carregadores de armas, duas pistolas e cinco granadas. Durante o patrulhamento na comunidade, os policiais receberam informações de que armas estavam sendo escondidas em uma zona de mata, através do Disque Denúncia. Em resposta, as cadelas Kitana e Naomi, do BAC, foram encaminhadas até o local e revelaram onde estavam enterrados dois tonéis. O prejuízo para a facção criminosa superou a marca de R$177 mil.
Além disso, nos quatro dias de operação, a Light pode vistoriar 27 alvos e encontrou irregularidades no envio de energia em 20 estabelecimentos, como bar, igreja, fábrica de gelo, oficina mecânica e lojas de material de construção. Foram mobilizados cerca de 30 funcionários da empresa para a realização das vistorias. De acordo com a estimativa da concessionária, a ação resultou na recuperação de 264 MWh de energia, que estava sendo furtada, o que corresponde a aproximadamente R$316 mil.
Um trabalho de parceria entre as equipes da Iguá e a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), realizaram a vistoria de 16 estabelecimentos nas regiões do Terreirão e Cidade de Deus, e encontraram furtos de água e energia. Por parte da Naturgy foi recuperada 61 medidores de gás na comunidade da Cidade de Deus, nesses quatro dias de operação.
Ao longo da operação, a empresa Claro conseguiu restabelecer seus serviços com mais de 600 clientes. Por outro lado, a Oi conseguiu recuperar 500 quilos de cobres que haviam sido furtados. E a Águas do Brasil, encontrou 75% das perdas nas regiões de atuação.
Em parceria com o Governo do Estado, as concessionárias de serviços públicos anunciaram que a tarifa social será ampliada pelas empresas Iguá, Águas do Brasil, Naturgy, Light, Oi e Claro, com o objetivo de tornar o valor competitivo e assim desestimular a exploração ilegal desses serviços. Ainda será conversado sobre o planejamento e a viabilização da proposta, e ainda é estudada a oportunidade de inserir projetos sociais nas comunidades que são alvos da Ação de Ordo.
Agentes da Polícia Militar, Detran RJ, e da Guarda Municipal realizam a fiscalização de veículos irregulares nas entradas das comunidades. A ação já abordou cerca de 230 veículos, totalizando 125 atuações. Foram apreendidos dois carros e 19 motos. A ação aconteceu na Taquara e em dois locais de Jacarepaguá. Já na Cidade de Deus, o patrulhamento na Avenida Edgard Werneck foi reforçado pelo Batalhão de Choque